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Jaqueline
Jaqueline
2 anos atrás

Excelente trabalho relacionado às violações nas instituições prisionais, trata-se de tema relevante para a reflexão desta realidade!

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Felipe Franco Santos
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Responder para  Jaqueline
2 anos atrás

Agradeço pelo comentário, professora!

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Jaqueline
Jaqueline
2 anos atrás

Coleta e análise em base de dados de bibliografia especializada são suficientes para demonstrar a realidade proposta?
Os dados apontados pelos autores, realmente são condizentes com a realidade ou apenas refletem uma amostragem?
Se o poder judiciário é o maior responsável pelo mecanismo de controle desse sistema instaurado, quais seriam as melhores indicações para, se não extinguir, dirimir a realidade de do racismo estrutural?

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Felipe Franco Santos
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Responder para  Jaqueline
2 anos atrás

Olá, professora, bom dia,

Em primeiro de tudo agradeço pelos questionamentos. Respondendo-os:

1) Penso que não. Apesar de apontarem no caminho correto os dados empíricos agregados à literatura especializada não abarcam a integridade do problema questionado, apenas oferecem uma resposta ampla, que pode e deve ser enriquecida com demais fatores que influenciam no fênomeno, como desigualdes no acesso à educação e mudanças na própria lei penal. Esta aparente limitação da resposta se justifica já que a proposta do projeto é a de oferecer uma resposta focalizada na atuação do Poder Judiciário na estrutura prisional brasileira. Eventuais discussões mais profundas haverão de ser exploradas em futuros trabalhos, onde a estrutura nos permitirá para tanto.

2) Compreendidos os dados apontados pelos autores como sendo os da ocupação étnica do Poder Judiciário como majoritariamente branca, paralelamente a uma esmagadora maioria negra e parda nas prisões, considero que tais dados representam uma realidade concreta pelo que nos seria possível afirmar com alto grau de verificabilidade que, no Brasil, Poder Judiciário e instituições prisionais tem sua ocupação étnica claramente definidas. Isto digo pois as afirmações se sustentam em pesquisas empíricas realizadas por instituições confiáveis (CNJ e Fórum Brasileiro de Segurança Pública), utilizaram metodologia de medição total (ou seja, a contabilidade se deu de modo pessoal por cada juiz e preso, não valendo-se de previsões por amostragem) e contam com ampla margem de aferição, sendo o Censo do Poder Judiciário coletado desde 1955 até junho de 2013 e o Atlas da Violência de 2005 a 2021 e não podendo ser observadas mudanças consideráveis nas tendências apontadas na pesquisa.

3) Levando em consideração que a presente pesquisa se firma em pressupostos téoricos da criminologia crítica, de matriz essencialmente marxista, penso que duas medidas principais deveriam estar no horizonte: a instituição e expansão das políticas de ação afirmativa nos concursos públicos de acesso a cargos no Poder Judiciário como forma de garantir o acesso de pessoas negras e pardas a tais lugares e afirmar a diversidade étnica da República. Quanto às prisões o ataque deveria estar focado na criação de grupos de trabalhos que objetivassem o relaxamento tanto quanto possível das prisões preventivas e temporárias que continuam a representar 40% de nossa ocupação prisional.

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Maria Helena Alves Ramos
Maria Helena Alves Ramos
2 anos atrás

Seria possível descobrir se o Judiciário mostra mais essa faceta por meio da sentença penal ou pelo processo como um todo? – por exemplo, o tratamento em audiências ou o próprio juízo nas audiências de custódia (a convalidação de uma atuação com esse viés colonialista da polícia, quando mantém prisões em flagrante ilegais)

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Felipe Franco Santos
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Responder para  Maria Helena Alves Ramos
2 anos atrás

Olá, Maria Helena,

Em primeiro lugar agradeço pela atenção de ter lido o resumo e pelos seus questionamentos que ajudam a vivificar a discussão.

Você compreendeu perfeitamente o cerne da questão. Apesar de meu relatório ter realizado um enfoque no momento condenação/aprisionamento o filtro seletista que aí aparece também se manifesta durante todo o processo de condenação penal, como você muito bem destacou na sua pergunta.
Na verdade, retornando os olhos aos levantamentos téoricos dos criminólogos críticos – marcad. Chomski e Cicourel (BARATTA, 2011, p. 88) – pode-se perceber que a seletividade e a desigualdade são princípios gerais que movem a atuação penal do maquinário penal do Estado em toda a extensão de sua atuação. Esmiuçando, eu diria que sim, conforme você questionou, os atores do poder judiciário são responsáveis por fabricar a realidade de desigualdade observada nas prisões nacionais durante toda a sua atuação no processo penal. Ainda mais, a atuação de tal sistema se manifesta de modo seletivo em áreas ainda inferiores à própria ação judicial, como por exemplo na atuação dos institutos policiais e nos bens jurídicos que a lei penal manifesta sua preocupação.

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Maria Helena Ramos
Maria Helena Ramos
2 anos atrás

Parabéns amigo!!! Ótima pesquisa!!! Tu arrasa demais!

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Felipe Franco Santos
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Responder para  Maria Helena Ramos
2 anos atrás

Obrigado pelo comentário, Maria Helena!!

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Micaela Tavares
Micaela Tavares
2 anos atrás

Absolutamente interessante! É importante pensar em como o maquinário se perpetua para entender as estruturas fixadas por ele. Adorei o projeto e amaria ler mais sobre. Parabéns, Felipe!

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Felipe Franco Santos
Felipe Franco Santos
Responder para  Micaela Tavares
2 anos atrás

Obrigado pelo comentário, Micaela. Perfeitamente!

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Laís Maria Costa Andrade
Laís Maria Costa Andrade
2 anos atrás

Parabéns pela pesquisa, Felipe! Ótima análise e e tema bastante interessante tendo em vista o cenário ambiente do estudo. Felicitações!

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Felipe Franco Santos
Felipe Franco Santos
Responder para  Laís Maria Costa Andrade
2 anos atrás

Obrigado pelo comentário e pelos elogios, Laís.

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Thiago Allisson Cardoso de Jesus
Thiago Allisson Cardoso de Jesus
2 anos atrás

Parabéns, Felipe! Sua investigação, contextualmente situada, orgulha a Universidade por fecundar ciência engajada e bem construída! Avante!

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Felipe Franco Santos
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Responder para  Thiago Allisson Cardoso de Jesus
2 anos atrás

Perfeitamente, professor. Agradeço pelo comentário e pela orientação atenciosa de sempre. Forte abraço!

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MARCO ANTÔNIO MARTINS DA CRUZ
MARCO ANTÔNIO MARTINS DA CRUZ
2 anos atrás

Felipe, parabéns pelo trabalho!
Seu objeto de interesse científico condiz com as inquietações sociais do tempo presente. A proposta está bem articulada conceitual e metodologicamente.
Bons estudos!
Saudações acadêmicas!! 😀

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Felipe Franco Santos
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Responder para  MARCO ANTÔNIO MARTINS DA CRUZ
2 anos atrás

Prof. Marco,

Agradeço pelo seu comentário. Fico lisonjeado pelos elogios e por sua atenção em ter lido.

Forte abraço!

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