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David Mendonça do Nascimento
David Mendonça do Nascimento
2 anos atrás

Olá, Alda. Parabéns pela pesquisa, este é um excelente trabalho. Gostaria que você explicasse de maneira mais detida essa questão da relação metodológica entre Literatura e História. Em que medida essa relação da Literatura com a História, por meio dos escritos de Antônio Marques Rodrigues, nos ajuda a vislumbrar o “espírito” da época? Outra questão: para a compreensão do sentido desta obra literária como a análise contextual (social, econômico e político) te ajuda a discutir os aspectos de identidade brasileira?

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ALDA EUNICE REIS SANTOS
ALDA EUNICE REIS SANTOS
Responder para  David Mendonça do Nascimento
2 anos atrás

Olá, agradeço pelo comentário, caro David. E respondendo seus questionamentos, temos que citar que para entendermos o período que utilizamos na pesquisa aqui citada, é necessário referenciar o teórico Paul Ricoeur que resgata tal concepção de memória , e assim o utilizamos por transitar nessas duas vertentes, tanto historicamente quanto na literatura. Portanto, tais contribuições dentro da historiografia ao longo do século XIX no Maranhão, servem para compreensão nas descrições na narrativa e através dos acontecimentos históricos às suas representações, entendendo que estes elementos estão dentro do contexto social, através dos sujeitos e que muitas outras questões dentro da sociedade ganham novos sentidos, conferindo nas mudanças do período com transição de ideias e mudanças vistas da própria Literatura. E compreende-se que esse espaço maranhense e sua construção preenchida pela consistência de significados relevante a economia, política tem como um propósito de instruir, relevantes para a construção de identidade e assim, as dinâmicas sociais decorrente do período oitocentista do Maranhão vão desde uma perspectiva de nação, a características de emancipação, luta e região, que constituem um debate sob a preocupação que não se podem ignorar as condições históricas nas quais o dever de memória é requerido.

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Jakson dos Santos Ribeiro
Jakson dos Santos Ribeiro
2 anos atrás

Boa tarde, Alda! Parabéns pela pesquisa. Muito importante o uso da literatura para pensar outras dimensões do fazer histórico. Assim, pergunto, quais outras fontes foram utilizadas para dar bases aos seus questionamentos no uso dessas obras literárias?

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ALDA EUNICE REIS SANTOS
ALDA EUNICE REIS SANTOS
Responder para  Jakson dos Santos Ribeiro
2 anos atrás

Olá, eu agradeço pela pergunta e fico grata também por compartilhar um pouco dessa pesquisa. Pois bem, ao longo do projeto, tentamos analisar algumas discussões historiográficas e referentes ao contexto do período utilizado que é o Oitocentista, assim para entendermos melhor e responder aos nossos objetivos, buscamos tratar das relações que são específicas entre a Literatura e História, compreendendo melhor os aspectos que fazem referência a interdisciplinaridade, percebendo que a Literatura e a História andam juntas. Dessa forma, utIlizando dos autores que embasam essa disussão e que questionam a especificidade de estudo tal qual este, podendo citar Paul Ricouer que discute acerca da memória, literatura e história e outro exemplo é Monica Pimenta Velloso, percebendo a transição que perpassam as Obras de Antonio Marques Rodrigues, analisando a literatura como espelho da nação, até então pertinente ao século XIX. Além disso, podemos citar como exemplo maior, utilizando da própria escrita de Marques Rodrigues, em termos de escrever sobre um retrato da sociedade sobre o cotidiano, e inserido nesse dia-a-dia, estão os debates em torno da economia, educação e a própria política, que paulatinamente a população começa a participar, antecedente a essa situação, apenas a elite tinha acesso a tais discussões.
Ademais, a relevância de questionar sobre a História do Maranhão no século XIX, inseridas nessas fontes, é perceber que esta é composta por diversos elementos que formam uma historiografia regional, podem ser definidas como as próprias manifestações sociais e suas representações, que podem ser analisadas como parte da construção da nacionalidade, esta que então tinham como intuito propagar o vigor da nova nação brasileira, legitimada por uma narrativa que em sua maioria remetia a sentimentos de pertencimento, de magnificência, não necessariamente de oposição em relação ao passado, mas da transformação dos valores do passado em algo inovador, cintilando no sentido de indicar ao sujeito, o ‘outro’, a sua condição emancipada capaz de tornar peculiar a sua existência, reconhecidas pela organização do Estado, tais como as relações de poder e a própria educação, como uma doutrina de pensamento, que configura alguns dos temas transcritos na literatura construída na época. Como menciona Henrique Borralho “a imbricação entre literatura e política existente no país desse referido século, ora se transmutava sob estética e efervescência política, ora ditava o tom dos debates acerca do futuro daquela nação” (2010, p.35).

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Viviane de Oliveira Barbosa
Viviane de Oliveira Barbosa
2 anos atrás

Boa tarde Alda,
parabéns pela pesquisa!
Gostaria que você fizesse um debate mais profundo sobre a relação História e Literatura em face da tua pesquisa. Também gostaria que esclarecesse como se deu o processo de escolha dessas fontes, o que pesou nessa escolha, por que essas fontes e não outras produções?

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ALDA EUNICE REIS SANTOS
ALDA EUNICE REIS SANTOS
Responder para  Viviane de Oliveira Barbosa
2 anos atrás

Olá, Profª, fico grata pelos questionamentos. Primeiramente, o motivo pelo qual utilizamos da relação entre a Literatura e História, refere-se à compreensão dos elementos e transformações sociais do século XIX, este bastante associado a utilização das letras, artes e também da própria modernidade. E assim, utilizamos de autores para o arcabouço teórico dessa discussão, como reflete Walter Scott (1820) percebendo que “a história, entra na literatura e na realidade e sai o estereotipo, isto é, existe o romanesco, onde é colocado dentro de uma realidade social, e a psicologia do personagem é revelada por diálogos verossímeis.” Ou seja, é necessário compreendermos que para além do descrito, há uma discussão teórica e contextualizada. Exemplificando melhor, tal interdisciplinaridade, Paul Ricoeur também resgata a concepção de memória que irá transitar entre a História e a Literatura, concepção esta que nós utilizamos na Literatura aqui trabalhada e devemos salientar que Antonio Marques Rodrigues escreve na segunda metade do século XIX, período este envolto de mudanças significativas ao espaço político e cultura, e a partir disso é feita uma análise detida, usando de tal relação, que serve para melhor compreender os aspectos que fazem as transformações sociais como na própria divulgação da obra, referindo-se a expansão da tipografia na época e como havia a multiplicidade cultural, vista na dança, na música maranhense e que conduziram a criação de uma literatura maranhense ainda no século XIX e como essa literatura contribui para compor esse espaço. Desse modo, utilizamos dessa relação e contextualização para trabalhar na fontes como a Casca da Caneleira, pois traz consigo esses elementos, em que se destacam a presença marcante de uma regionalidade e formação de sentido sobre a identidade Maranhense no século XIX, como já citada, e principalmente na forma da escrita, para além da ligação entre o autor que se destacava nos cargos publicos, sendo ele membro da Instrução Publica e deputado da província. Sobretudo, o intuito de trabalhar com tais obras foi compreender melhor a respeito do resgate do elemento cultural e das práticas de representação entre história e memória dentro da literatura desse autor e sua influência no período. Entendendo que no Maranhão do XIX, havia a nascente de ideal de singularidade que abrange expressões locais e uma construção de identidade.

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Antonio Michael Alves de Sousa
Antonio Michael Alves de Sousa
2 anos atrás

Boa tarde. Parabéns pela pesquisa.

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Alda Eunice Reis Santos
Alda Eunice Reis Santos
Responder para  Antonio Michael Alves de Sousa
2 anos atrás

Olá, fico grata. Caso tenha dúvidas, fico no aguardo para respondê-las.

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