Os profissionais de saúde podem ajudar a resolver o problema da violência contra as mulheres aprendendo a fazer perguntas apropriadas sobre o assunto, aprendendo a melhor detectar os sinais que identificam as vítimas da violência doméstica ou do abuso sexual, e ajudando as mulheres a se protegerem criando um plano de proteção pessoal. Identificar, realizar acolhimento (através da escuta e estabelecimento de vínculos), abordagem multiprofissional, registro em prontuário e notificação, orientação e acompanhamento, são ações que devem ser tomadas diante de uma confirmação de violência contra a mulher. Além do compromisso das instituições de saúde com o treinamento de seus profissionais, elaboração de protocolos e informações sobre a rede intersetorial para que não só seja possível identificar os casos e notificá-los, mas também encaminhar as vítimas para o serviço mais adequado. Vale lembrar também que o profissional da saúde é obrigado, por lei, a notificar o atendimento de mulheres vítimas de violência. A Lei nº 10.778/2003 obriga os serviços de saúde, públicos ou privados, a notificar casos suspeitos ou confirmados de violência de qualquer natureza contra a mulher. Nesse rol, está incluso os profissionais de saúde, como médicos e enfermeiros, e também os estabelecimentos, como postos e hospitais. Uma atualização desta legislação, em 2019, também determina que, se houver indícios ou confirmação de violência contra a mulher nos serviços de saúde, é obrigatório comunicar à autoridade policial no prazo de 24 horas, para as providências e fins estatísticos.
Curso
Enfermagem
Você é o Orientador desta pesquisa?
Não
Gabriela da Silva saraiva
2 anos atrás
Aline o seu trabalho é de muita relevância para a comunidade, além de mostrar que diariamente com essas mulheres são violentaras por nada, vc se expôs a esse tipo de situação, parabéns!! O que você sentiu ao ter que ouvir essas mulheres dizer o que passam na mão de seus parceiros?
Obrigada, Gabriela! Os relatos eram muito duros, me sentia muito triste e revoltada ouvindo as histórias. Ao mesmo tempo me sentia impotente, por saber que várias mulheres passam por isso diariamente ou ainda vão passar. Mas toda essa situação só me dava mais força para continuar realizando o projeto, por saber da importância desse levantamento epidemiológico para o município, visto que não há muitos dados a respeito e que esses poderão servir de embasamento para conhecer a realidade dessa situação na cidade. Ademais, foi perceptível que muitas UBSs não conhecem a realidade da violência contra a mulher em suas áreas, isso porque as vítimas tem medo de relatar e de serem julgadas, mas como o instrumento que utilizamos tinham perguntas amplas sobre os tipos de violência conseguimos detectar um percentual considerável de vítimas que utilizam os serviços de Atenção Primária.
Nos dias atuais é evidente que a discussão acerca do tema é mais presente no entanto ainda se vê muitos casos de violência em nossa sociedade, essa questão por mais que falada ainda é muito comum em noticiários e mais perto do que se imagina. O estudo traz informações que servem de reflexo sobre o quanto os serviços de saúde recebem esse publico vitima de violência todos os dias e pode-se pensar sobre as dificuldades que essas mulheres possam estar encontrando para comunicar o trauma/violência vivenciados. Os serviços de saúde são porta de entrada mas ainda existem dificuldades e empecilhos que permitem ajuda para resolução de problemas e segurança a quem presta auxilio nesses casos. Sem contar a dificuldade que a vitima muitas vezes tem em relatar/denunciar o ocorrido.
No mais, um excelente trabalho! Meus parabéns Aline!
Obrigada, Karoline! Essa questão da dificuldade em comunicar ficou bem evidente para nós. Muitas das UBSs visitadas não tinham conhecimento de casos de violência contra a mulher em suas áreas, porém durante a coleta de dados detectamos várias vítimas. isso porque as vítimas tem medo de relatar e de serem julgadas, mas como o instrumento de estudo que utilizamos tinham perguntas amplas sobre os tipos de violência conseguimos detectar um percentual considerável de vítimas que utilizam os serviços de Atenção Primária.
Curso
Enfermagem
ANA CARLA MARQUES DA COSTA
2 anos atrás
Parabéns pela pesquisa. É notório que o assunto é delicado, no entanto não devemos parar de pesquisar e discutir sobre o mesmo. A violência psicológica é tão grave quanto a física e sexual, mas pode trazer danos na mulher muito maior. Diante dos resultados, foi possível verificar apoio familiar ou comunitário para essas mulheres?
Obrigada! Sim, ficou nítido como o assunto é delicado e difícil de ser abordado mas ainda assim foi possível perceber as dificuldades que a mulher portava quando tentava procurar apoio, no âmbito familiar e em redes de apoio, seja por não conhecer as políticas voltadas para essa vítima, seja pelo medo do julgamento que muitas vezes acontece.
Muito legal seu trabalho, Aline.
Obrigada!!!
o que os serviços de saúde podem fazer para diminuir a violência contra a mulher?
Os profissionais de saúde podem ajudar a resolver o problema da violência contra as mulheres aprendendo a fazer perguntas apropriadas sobre o assunto, aprendendo a melhor detectar os sinais que identificam as vítimas da violência doméstica ou do abuso sexual, e ajudando as mulheres a se protegerem criando um plano de proteção pessoal. Identificar, realizar acolhimento (através da escuta e estabelecimento de vínculos), abordagem multiprofissional, registro em prontuário e notificação, orientação e acompanhamento, são ações que devem ser tomadas diante de uma confirmação de violência contra a mulher. Além do compromisso das instituições de saúde com o treinamento de seus profissionais, elaboração de protocolos e informações sobre a rede intersetorial para que não só seja possível identificar os casos e notificá-los, mas também encaminhar as vítimas para o serviço mais adequado. Vale lembrar também que o profissional da saúde é obrigado, por lei, a notificar o atendimento de mulheres vítimas de violência. A Lei nº 10.778/2003 obriga os serviços de saúde, públicos ou privados, a notificar casos suspeitos ou confirmados de violência de qualquer natureza contra a mulher. Nesse rol, está incluso os profissionais de saúde, como médicos e enfermeiros, e também os estabelecimentos, como postos e hospitais. Uma atualização desta legislação, em 2019, também determina que, se houver indícios ou confirmação de violência contra a mulher nos serviços de saúde, é obrigatório comunicar à autoridade policial no prazo de 24 horas, para as providências e fins estatísticos.
Aline o seu trabalho é de muita relevância para a comunidade, além de mostrar que diariamente com essas mulheres são violentaras por nada, vc se expôs a esse tipo de situação, parabéns!! O que você sentiu ao ter que ouvir essas mulheres dizer o que passam na mão de seus parceiros?
Obrigada, Gabriela! Os relatos eram muito duros, me sentia muito triste e revoltada ouvindo as histórias. Ao mesmo tempo me sentia impotente, por saber que várias mulheres passam por isso diariamente ou ainda vão passar. Mas toda essa situação só me dava mais força para continuar realizando o projeto, por saber da importância desse levantamento epidemiológico para o município, visto que não há muitos dados a respeito e que esses poderão servir de embasamento para conhecer a realidade dessa situação na cidade. Ademais, foi perceptível que muitas UBSs não conhecem a realidade da violência contra a mulher em suas áreas, isso porque as vítimas tem medo de relatar e de serem julgadas, mas como o instrumento que utilizamos tinham perguntas amplas sobre os tipos de violência conseguimos detectar um percentual considerável de vítimas que utilizam os serviços de Atenção Primária.
Muito bom, parabéns
Obrigada!!!
Nos dias atuais é evidente que a discussão acerca do tema é mais presente no entanto ainda se vê muitos casos de violência em nossa sociedade, essa questão por mais que falada ainda é muito comum em noticiários e mais perto do que se imagina. O estudo traz informações que servem de reflexo sobre o quanto os serviços de saúde recebem esse publico vitima de violência todos os dias e pode-se pensar sobre as dificuldades que essas mulheres possam estar encontrando para comunicar o trauma/violência vivenciados. Os serviços de saúde são porta de entrada mas ainda existem dificuldades e empecilhos que permitem ajuda para resolução de problemas e segurança a quem presta auxilio nesses casos. Sem contar a dificuldade que a vitima muitas vezes tem em relatar/denunciar o ocorrido.
No mais, um excelente trabalho! Meus parabéns Aline!
Obrigada, Karoline! Essa questão da dificuldade em comunicar ficou bem evidente para nós. Muitas das UBSs visitadas não tinham conhecimento de casos de violência contra a mulher em suas áreas, porém durante a coleta de dados detectamos várias vítimas. isso porque as vítimas tem medo de relatar e de serem julgadas, mas como o instrumento de estudo que utilizamos tinham perguntas amplas sobre os tipos de violência conseguimos detectar um percentual considerável de vítimas que utilizam os serviços de Atenção Primária.
Parabéns pela pesquisa. É notório que o assunto é delicado, no entanto não devemos parar de pesquisar e discutir sobre o mesmo. A violência psicológica é tão grave quanto a física e sexual, mas pode trazer danos na mulher muito maior. Diante dos resultados, foi possível verificar apoio familiar ou comunitário para essas mulheres?
Obrigada! Sim, ficou nítido como o assunto é delicado e difícil de ser abordado mas ainda assim foi possível perceber as dificuldades que a mulher portava quando tentava procurar apoio, no âmbito familiar e em redes de apoio, seja por não conhecer as políticas voltadas para essa vítima, seja pelo medo do julgamento que muitas vezes acontece.
Ótimo tema , ótima abordagem
Obrigada!!!
Parabéns pelo trabalho, de grande relevância.
Obrigada!!!
Muito bom. Parabéns!
Obrigada!!!