Bom, as dificuldades que encontrei durante a coleta de dados deste trabalho se deram principalmente pela comunicação com as agentes sociais, visto que foi realizada durante o atual período pandêmico. No que diz a segunda pergunta, minha compreensão da vivência destas mulheres está diretamente ligada ao contexto em que elas estão, o qual a luta apropria sua existência, como mulheres extrativistas, ribeirinhas, quilombolas, assentadas e quebradeiras de coco babaçu. O embate das mesmas é político e social, com as grandes empresas e fazendeiros, pela conquista de transitar livremente para exercer seu ofício, como a lei do babaçu livre, formulada a partir da necessidade iminente da extração do babaçu e o livre acesso às terras.
Curso
Ciências Sociais Bacharelado
Você é o Orientador desta pesquisa?
Não
EDSON FABIO ARAUJO SOUSA JUNIOR
2 anos atrás
Excelente trabalho, Amanda!
Uma pergunta semelhante a da professora Neuzeli, porém com uma pequena diferença.
Quais as principais dificuldades que você encontrou no desenvolvimento da sua pesquisa em função da pandemia?
Muito obrigada, Edson!
As principais dificuldades que encontrei se deram com a falta de um contato mais direto com as quebradeiras de coco e seus respectivos movimentos. Mas isso foi atenuado com encontros remotos através de plataformas online, seminários, lives em redes sociais e youtube.
Curso
Ciências Sociais Bacharelado
Você é o Orientador desta pesquisa?
Não
Allena Yandra Dias Cabral
2 anos atrás
Excelente trabalho e reflexão, Amanda! Após uma leitura do teu trabalho a seguinte dúvida surgiu: Na sua pesquisa, você conseguiu captar quais ações políticas realizadas pelas quebradeiras de coco contra os megaempreendimentos?
Parabéns pelo trabalho!
Curso
Ciências sociais
Você é o Orientador desta pesquisa?
Não
José Antonio Ribeiro de Carvalho
2 anos atrás
Excelente trabalho de análise de questões de lutas sociais , nesse momento difícil de pandemia . Quais seriam os principais obstáculos dos registros das narrativas das mulheres quebradeiras de cocos com utilização da tecnologia na metodologia da pesquisa ?
As principais adversidades que tive durante o trajeto desta pesquisa se deram por conta do cenário da covid-19. A metodologia aplicada consistiu na coleta de informações, que se basearam nas falas das próprias quebradeiras de coco, principalmente em suas narrativas já publicadas pelo do Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia / Programa de Pós-Graduação Cartografia Social Política da Amazônia: Oliveira (2017), Aires (2016), Santos (2019); Amélia (2016) e Silva Neta (2018). A problemática que encontrei se deu na falta de contato mais direto que tive com elas, embora as narrativas sejam de importantíssima ajuda, existiam questões mais atuais a serem abordadas nos objetivos do meu plano de trabalho como o objetivo específico: Pensar na relação entre as estratégias enunciadas e vivenciadas e as pandemias que atingem o mundo contemporâneo. Contudo, foi possível atenuar isto com encontros virtuais e participações em lives e seminários online, que, felizmente, se intensificaram muito neste período.
Olá, Amanda, parabéns a vc e sua orientadora pelo trabalho!
Aqui uma indagação para a continuidade das reflexões. Quais são as contra estratégias do Movimento das quebradeiras de coco frente as agroestratégias hegemômicas do grande capital na região estudada?
Curso
Ciências Sociais
Você é o Orientador desta pesquisa?
Não
Você é membro do Comitê de Avaliação?
Interno
PATRICIA MARIA PORTELA NUNES
2 anos atrás
Parabéns pelo excelente trabalho, Amanda!
Considerando as iniciativas de pesquisa já realizadas, quais “estratégias” de luta e resistência política em face às chamadas agroestráegias vêm sendo acionadas pelas autodesignadas quebradeira de coco babaçu, no âmbito do MIQCB?
As agroestratégias, enunciadas durante as pesquisas são estrategias das empresas citadas e envolvidas nas histórias de lutas das quebradeiras de coco babaçu, como cita Maria Querobina em sua narrativa:
Outro impacto que a gente sofre é a cooptação de pessoas que a empresa leva. A cooptação de movimento organizado que as empresas arrastam, oferecendo máquina pra quebrar coco, oferecendo caminhão pra carregar coco, oferecendo a terra mecanizada. Tem agora na Estrada do Arroz uma cidadã que eu acho que ela está ai na plenária da economia solidária que disse: ah eu colhi arroz esse ano na terra, que a empresa deu mecanizada pra nós. Mas tu vai continuar tendo essa terra mecanizada até quando? Que a CELMAR fez isso quando chegou na região. (SILVA, Neta. 2018)
Os grandes oponentes nas lutas das quebradeiras de coco babaçu ao longo de suas histórias são as empresas instaladas na região que englobam as suas comunidades. Essa “cooptação” que Querobina expõe trata-se de uma estratégia muito bem articulada das empresas concedentes. Ao longo da pesquisa, pode-se notar diversas formas que as empresas buscam para camuflar outras empreitadas que dificultam a vida da comunidade.
A Lei Babaçu Livre, Lei n° 05/97, é uma pauta muito empenhada entre as articulações, pois a mesma garante a livre circulação das quebradeiras e sua família a terra dos babaçuais, mesmo que seja de cunho privado, assim como impõe restrições em torno do desmatamento da palmeira praticado pelos fazendeiros e donos das terras. A primeira a ser alcançada foi no município de Lago do Junco (MA) no ano de 1997.
Quais as dificuldades encontradas na coleta de dados e a sua percepção na análise da vivência e contextos destas mulheres?
Parabéns Amada!
Obrigada, professora!
Bom, as dificuldades que encontrei durante a coleta de dados deste trabalho se deram principalmente pela comunicação com as agentes sociais, visto que foi realizada durante o atual período pandêmico. No que diz a segunda pergunta, minha compreensão da vivência destas mulheres está diretamente ligada ao contexto em que elas estão, o qual a luta apropria sua existência, como mulheres extrativistas, ribeirinhas, quilombolas, assentadas e quebradeiras de coco babaçu. O embate das mesmas é político e social, com as grandes empresas e fazendeiros, pela conquista de transitar livremente para exercer seu ofício, como a lei do babaçu livre, formulada a partir da necessidade iminente da extração do babaçu e o livre acesso às terras.
Excelente trabalho, Amanda!
Uma pergunta semelhante a da professora Neuzeli, porém com uma pequena diferença.
Quais as principais dificuldades que você encontrou no desenvolvimento da sua pesquisa em função da pandemia?
Muito obrigada, Edson!
As principais dificuldades que encontrei se deram com a falta de um contato mais direto com as quebradeiras de coco e seus respectivos movimentos. Mas isso foi atenuado com encontros remotos através de plataformas online, seminários, lives em redes sociais e youtube.
Excelente trabalho e reflexão, Amanda! Após uma leitura do teu trabalho a seguinte dúvida surgiu: Na sua pesquisa, você conseguiu captar quais ações políticas realizadas pelas quebradeiras de coco contra os megaempreendimentos?
Parabéns pelo trabalho!
Excelente trabalho de análise de questões de lutas sociais , nesse momento difícil de pandemia . Quais seriam os principais obstáculos dos registros das narrativas das mulheres quebradeiras de cocos com utilização da tecnologia na metodologia da pesquisa ?
Obrigada, professor!
As principais adversidades que tive durante o trajeto desta pesquisa se deram por conta do cenário da covid-19. A metodologia aplicada consistiu na coleta de informações, que se basearam nas falas das próprias quebradeiras de coco, principalmente em suas narrativas já publicadas pelo do Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia / Programa de Pós-Graduação Cartografia Social Política da Amazônia: Oliveira (2017), Aires (2016), Santos (2019); Amélia (2016) e Silva Neta (2018). A problemática que encontrei se deu na falta de contato mais direto que tive com elas, embora as narrativas sejam de importantíssima ajuda, existiam questões mais atuais a serem abordadas nos objetivos do meu plano de trabalho como o objetivo específico: Pensar na relação entre as estratégias enunciadas e vivenciadas e as pandemias que atingem o mundo contemporâneo. Contudo, foi possível atenuar isto com encontros virtuais e participações em lives e seminários online, que, felizmente, se intensificaram muito neste período.
Parabéns pelo excelente trabalho, Amanda!
Obrigada, Jayde!
Olá, Amanda, parabéns a vc e sua orientadora pelo trabalho!
Aqui uma indagação para a continuidade das reflexões. Quais são as contra estratégias do Movimento das quebradeiras de coco frente as agroestratégias hegemômicas do grande capital na região estudada?
Parabéns pelo excelente trabalho, Amanda!
Considerando as iniciativas de pesquisa já realizadas, quais “estratégias” de luta e resistência política em face às chamadas agroestráegias vêm sendo acionadas pelas autodesignadas quebradeira de coco babaçu, no âmbito do MIQCB?
Muito Obrigada!
As agroestratégias, enunciadas durante as pesquisas são estrategias das empresas citadas e envolvidas nas histórias de lutas das quebradeiras de coco babaçu, como cita Maria Querobina em sua narrativa:
Outro impacto que a gente sofre é a cooptação de pessoas que a empresa leva. A cooptação de movimento organizado que as empresas arrastam, oferecendo máquina pra quebrar coco, oferecendo caminhão pra carregar coco, oferecendo a terra mecanizada. Tem agora na Estrada do Arroz uma cidadã que eu acho que ela está ai na plenária da economia solidária que disse: ah eu colhi arroz esse ano na terra, que a empresa deu mecanizada pra nós. Mas tu vai continuar tendo essa terra mecanizada até quando? Que a CELMAR fez isso quando chegou na região. (SILVA, Neta. 2018)
Os grandes oponentes nas lutas das quebradeiras de coco babaçu ao longo de suas histórias são as empresas instaladas na região que englobam as suas comunidades. Essa “cooptação” que Querobina expõe trata-se de uma estratégia muito bem articulada das empresas concedentes. Ao longo da pesquisa, pode-se notar diversas formas que as empresas buscam para camuflar outras empreitadas que dificultam a vida da comunidade.
A Lei Babaçu Livre, Lei n° 05/97, é uma pauta muito empenhada entre as articulações, pois a mesma garante a livre circulação das quebradeiras e sua família a terra dos babaçuais, mesmo que seja de cunho privado, assim como impõe restrições em torno do desmatamento da palmeira praticado pelos fazendeiros e donos das terras. A primeira a ser alcançada foi no município de Lago do Junco (MA) no ano de 1997.