Quais as reais dificuldades encontradas na coleta de dados e a sua primeira análise destes dados em relação ao papel da universidade, participação e envolvimento com os sujeitos da pesquisa.
Agradeço, professora Neuzeli. Respondendo a sua pergunta, as dificuldades encontradas durante o processo da pesquisa se deram devido a questão da Covid-19, pois os instrumentos de pesquisa sofreram modificações, dessa forma, foram adaptados para uma coleta online. Inicialmente o trabalho seria realizado em parceria com a UFMA, e conseguimos realizar o mapeamento dos cursos de ambas as instituições (UFMA e UEMA) com foco no período de 2019/2020, porém, na coleta de dados referente as alunas só conseguimos os e-mails por parte da UEMA, assim, os questionários virtuais foram aplicados apenas com as alunas da mesma. Entretanto, alguns cursos da instituição tiveram um retorno muito baixo de respostas das alunas, pois algumas não responderam o questionário e alguns e-mails voltaram, com isso obtivemos apenas 148 respostas no total. Em relação a análise dos dados, no primeiro momento realizamos um comparativo entre a quantidade de homens e mulheres que ingressaram nos cursos de ambas as instituições através do mapeamento no período de 2019/2020, e no segundo momento, analisamos as vivências das alunas da UEMA referente a própria instituição conseguido através do questionário, assim foi utilizado embasamento teórico de autores (as), como por exemplo, Bruschini; Kergoat; etc, para realizar uma análise crítica.
Curso
Ciências Sociais
Você é o Orientador desta pesquisa?
Não
HELCIANE DE FATIMA ABREU ARAUJO
2 anos atrás
Boa noite Andrezza,
lendo seu trabalho, achei muito interessante a problemática abordada. Temos uma necessidade de conhecer melhor o grupo de estudantes que dividem seu tempo com a maternidade. Recentemente participei de uma banca de uma aluna do curso de ciências sociais licenciatura do curso de Caxias sobre esse tema e acho que esses estudos irão contribuir para a política de assistência aos estudantes da UEMA. Gostaria de sugerir que na continuidade da pesquisa fossem observadas as dificuldades que essas mulheres enfrentaram com a pandemia, tendo em vista aspectos culturais já mencionados e que as aulas passaram a ser ministradas dentro das casas. Seria importante saber se a pandemia impactou na continuidade dos cursos. É isso.
Bom dia, professora Helciane,
muito obrigada pela sua avaliação e pelas sugestões. Realmente essas mudanças ocorridas devido a pandemia afetaram demasiadamente a realidade de muitas mulheres, principalmente aquelas que são mães e estão fazendo parte de uma universidade, eu mesma, acompanho essa situação com membros da minha família. Abordarei essa situação na continuidade da pesquisa, agradeço muito suas observações.
Curso
Ciências Sociais
Você é o Orientador desta pesquisa?
Não
Marivania Leonor Souza Furtado
2 anos atrás
Olá, Andrezza! Parabéns a vc e sua orientadora pela pesquisa.
Gostaria de saber qual o conceito de emancipação está sendo adotado pela pesquisa para analisar as relações de gênero no universo do estudo.
Boa noite, professora Marivânia. Agradeço muito sua avaliação.
Respondendo a sua pergunta, o conceito que nós estudamos dentro do grupo de pesquisa e que contribuiu para dar embasamento à essa pesquisa, foi baseado na concepção do feminismo marxista, visto que quando falamos da emancipação da mulher, não falamos apenas de dimensões estritamente econômicas, mas também das relações com outras ideologias dominantes. Então, os estudos feministas Marxistas nos dão essa possibilidade de interpretação da desnaturalização. Então, quando apontamos aqui os dados coletados, nós percebemos que ainda há uma relação de dominação, principalmente em relação ao capital e o patriarcado, por isso que a conquista da autonomia feminina em relação a reprodução, a política, o casamento, moldam novas relações diante da sociedade e também entre os sexos.
Curso
Ciências Sociais
Você é o Orientador desta pesquisa?
Não
PATRICIA MARIA PORTELA NUNES
2 anos atrás
Parabéns pelo trabalho, Andrezza! A sua familiaridade com os temas estudados revela afinco à pesquisa científica e persistência na manutenção das relações de pesquisa com a orientadora.
Buscando contribuir pergunto: quais os obstáculos encontrados na construção e na realização da pesquisa? Como tais dificuldades podem autorizar uma acurada problematização acerca das relações de gênero?
Boa noite, professora. Agradeço muito pela sua avaliação.
O maior obstáculo que encontramos durante a realização da pesquisa foi não conseguir um número maior em relação aos dados, pois nos encontramos diante de uma realidade totalmente nova, e isso acabou dificultando alguns processos que são primordiais para a pesquisa. No momento nos encontramos um pouco mais “folgados” da quarentena, porém, na coleta de dados estávamos em alerta total e não sabíamos como se encontrava o outro diante desse cenário, principalmente as mulheres, que se encontravam em casa tendo que dividir seu tempo entre estudo, trabalho e família em um mesmo ambiente. E isso chama muita atenção para a própria divisão igualitária das tarefas, pois a pesquisa nos possibilitou ver o quanto as mulheres estavam sobrecarregadas. Para se ter uma noção, alguns dados da pesquisa apontaram que 76,4% das alunas exerciam outras atividades além da graduação, como também 80,4% exerciam o trabalho doméstico.
Curso
Ciências Sociais
Você é o Orientador desta pesquisa?
Não
BRUNA SILVA AZEVEDO
2 anos atrás
Muito bom o seu trabalho Andrezza, parabéns!!
É perceptível que, desde a nossa infância, somos ensinadas a ser cuidadosas e sensíveis com os outros, e isso afetou o incentivo a nossa formação. Há um grande abismo entre o número de alunas de um curso de ciências humanas comparado a exatas, e isso é uma construção social e cultural! Vale muito a pena a reflexão! Precisamos incentivar ainda mais nossas meninas a ocuparem esses espaços. Tenho certeza que essa é uma discussão que pode gerar a criação de novas e vindouras ações que possibilitem essa luta e fim do patriarcado.
Muito obrigada, Bruna.
Realmente essa é uma situação que merece muita reflexão, o papel da mulher na sociedade ainda precisa de muita desnaturalização, pois os estereótipos que englobam as mulheres ainda persistem, principalmente durante a infância, desse modo, crescemos cercadas pela imagem da mulher como cuidadora do lar e da família. Geralmente quando escolhemos caminhos diferentes aos que nos foram impostos passamos por julgamento, principalmente quando isso é voltado a questão da maternidade.
Quais as reais dificuldades encontradas na coleta de dados e a sua primeira análise destes dados em relação ao papel da universidade, participação e envolvimento com os sujeitos da pesquisa.
Parabéns Andrezza!
Agradeço, professora Neuzeli. Respondendo a sua pergunta, as dificuldades encontradas durante o processo da pesquisa se deram devido a questão da Covid-19, pois os instrumentos de pesquisa sofreram modificações, dessa forma, foram adaptados para uma coleta online. Inicialmente o trabalho seria realizado em parceria com a UFMA, e conseguimos realizar o mapeamento dos cursos de ambas as instituições (UFMA e UEMA) com foco no período de 2019/2020, porém, na coleta de dados referente as alunas só conseguimos os e-mails por parte da UEMA, assim, os questionários virtuais foram aplicados apenas com as alunas da mesma. Entretanto, alguns cursos da instituição tiveram um retorno muito baixo de respostas das alunas, pois algumas não responderam o questionário e alguns e-mails voltaram, com isso obtivemos apenas 148 respostas no total. Em relação a análise dos dados, no primeiro momento realizamos um comparativo entre a quantidade de homens e mulheres que ingressaram nos cursos de ambas as instituições através do mapeamento no período de 2019/2020, e no segundo momento, analisamos as vivências das alunas da UEMA referente a própria instituição conseguido através do questionário, assim foi utilizado embasamento teórico de autores (as), como por exemplo, Bruschini; Kergoat; etc, para realizar uma análise crítica.
Boa noite Andrezza,
lendo seu trabalho, achei muito interessante a problemática abordada. Temos uma necessidade de conhecer melhor o grupo de estudantes que dividem seu tempo com a maternidade. Recentemente participei de uma banca de uma aluna do curso de ciências sociais licenciatura do curso de Caxias sobre esse tema e acho que esses estudos irão contribuir para a política de assistência aos estudantes da UEMA. Gostaria de sugerir que na continuidade da pesquisa fossem observadas as dificuldades que essas mulheres enfrentaram com a pandemia, tendo em vista aspectos culturais já mencionados e que as aulas passaram a ser ministradas dentro das casas. Seria importante saber se a pandemia impactou na continuidade dos cursos. É isso.
Bom dia, professora Helciane,
muito obrigada pela sua avaliação e pelas sugestões. Realmente essas mudanças ocorridas devido a pandemia afetaram demasiadamente a realidade de muitas mulheres, principalmente aquelas que são mães e estão fazendo parte de uma universidade, eu mesma, acompanho essa situação com membros da minha família. Abordarei essa situação na continuidade da pesquisa, agradeço muito suas observações.
Olá, Andrezza! Parabéns a vc e sua orientadora pela pesquisa.
Gostaria de saber qual o conceito de emancipação está sendo adotado pela pesquisa para analisar as relações de gênero no universo do estudo.
Boa noite, professora Marivânia. Agradeço muito sua avaliação.
Respondendo a sua pergunta, o conceito que nós estudamos dentro do grupo de pesquisa e que contribuiu para dar embasamento à essa pesquisa, foi baseado na concepção do feminismo marxista, visto que quando falamos da emancipação da mulher, não falamos apenas de dimensões estritamente econômicas, mas também das relações com outras ideologias dominantes. Então, os estudos feministas Marxistas nos dão essa possibilidade de interpretação da desnaturalização. Então, quando apontamos aqui os dados coletados, nós percebemos que ainda há uma relação de dominação, principalmente em relação ao capital e o patriarcado, por isso que a conquista da autonomia feminina em relação a reprodução, a política, o casamento, moldam novas relações diante da sociedade e também entre os sexos.
Parabéns pelo trabalho, Andrezza! A sua familiaridade com os temas estudados revela afinco à pesquisa científica e persistência na manutenção das relações de pesquisa com a orientadora.
Buscando contribuir pergunto: quais os obstáculos encontrados na construção e na realização da pesquisa? Como tais dificuldades podem autorizar uma acurada problematização acerca das relações de gênero?
Boa noite, professora. Agradeço muito pela sua avaliação.
O maior obstáculo que encontramos durante a realização da pesquisa foi não conseguir um número maior em relação aos dados, pois nos encontramos diante de uma realidade totalmente nova, e isso acabou dificultando alguns processos que são primordiais para a pesquisa. No momento nos encontramos um pouco mais “folgados” da quarentena, porém, na coleta de dados estávamos em alerta total e não sabíamos como se encontrava o outro diante desse cenário, principalmente as mulheres, que se encontravam em casa tendo que dividir seu tempo entre estudo, trabalho e família em um mesmo ambiente. E isso chama muita atenção para a própria divisão igualitária das tarefas, pois a pesquisa nos possibilitou ver o quanto as mulheres estavam sobrecarregadas. Para se ter uma noção, alguns dados da pesquisa apontaram que 76,4% das alunas exerciam outras atividades além da graduação, como também 80,4% exerciam o trabalho doméstico.
Muito bom o seu trabalho Andrezza, parabéns!!
É perceptível que, desde a nossa infância, somos ensinadas a ser cuidadosas e sensíveis com os outros, e isso afetou o incentivo a nossa formação. Há um grande abismo entre o número de alunas de um curso de ciências humanas comparado a exatas, e isso é uma construção social e cultural! Vale muito a pena a reflexão! Precisamos incentivar ainda mais nossas meninas a ocuparem esses espaços. Tenho certeza que essa é uma discussão que pode gerar a criação de novas e vindouras ações que possibilitem essa luta e fim do patriarcado.
Muito obrigada, Bruna.
Realmente essa é uma situação que merece muita reflexão, o papel da mulher na sociedade ainda precisa de muita desnaturalização, pois os estereótipos que englobam as mulheres ainda persistem, principalmente durante a infância, desse modo, crescemos cercadas pela imagem da mulher como cuidadora do lar e da família. Geralmente quando escolhemos caminhos diferentes aos que nos foram impostos passamos por julgamento, principalmente quando isso é voltado a questão da maternidade.