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Lucas
Lucas
2 anos atrás

Muito interessante, percebermos o quanto que a formação do assentamento desse coletivo de mulheres por meio de intensos diálogos e discussões contribui nessa busca pela igualdade de gênero, questões presentes nas diversas realidades, seja no campo ou no meio urbano, e o valor que a agroecologia contribue nesse caso, evidenciado a participação dessas mulheres em diversas atividades e sendo reconhecidas por isso, como produtoras de alimentos saudáveis etc. Dito isso, gostaria de saber se existe políticas governamentais destinadas para essas mulheres do coletivo?

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Dandara Freire
Dandara Freire
Responder para  Lucas
2 anos atrás

Bom dia, como um incentivo especifico para mulheres agricultoras, existe o PRONAF Mulher que é uma linha de crédito desenvolvida especialmente para o público feminino, mas que até o momento que foi desenvolvida a pesquisa as mulheres do coletivo não tinham acesso. De forma geral o coletivo consegue acessar políticas públicas como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) por meio da Cooperativa Mista das Áreas de Reforma Agrária do Vale do Itapecuru (COOPEVI).

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Jakson dos Santos Ribeiro
Jakson dos Santos Ribeiro
2 anos atrás

Boa tarde! Parabéns pela pesquisa, ela mostra uma dimensão importante para o estudo acerca das mulheres nos mundos do trabalho. Desse modo, você percebeu algum trabalho que apontasse a ação do governo local para dar apoio a esse atividade desenvolvida por essas mulheres?

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Dandara Freire
Dandara Freire
Responder para  Jakson dos Santos Ribeiro
2 anos atrás

Não percebi nenhum apoio do governo local especificamente para as ações desenvolvidas pelo coletivo. Todo o apoio que o coletivo recebe para desenvolver suas atividades são do MST ou de projetos de extensão de Universidades. A expansão da horta por exemplo, é fruto de um projeto de Extensão da Universidade Estadual do Maranhão (PIBEX/UEMA), em parceria com um projeto de cooperação internacional para o desenvolvimento financiado pela Universidade de Lleida e projeto de extensão da Universidade Estadual de Maringá (UEM). Esses projetos realizaram diversas atividades e oficinas principalmente envolvendo a temática da Agroecologia, apresentando técnicas sustentáveis e ecológicas para o desenvolvimento das atividades agrícolas desenvolvidas pelo coletivo de mulheres. 

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Viviane de Oliveira Barbosa
Viviane de Oliveira Barbosa
2 anos atrás

Boa tarde Dandara,
parabéns pela pesquisa!
Gostaria que você comentasse se a ação produtiva dessas mulheres tem de fato modificado a realidade de opressão/violência/secundarização delas no espaço privado ou se está associada apenas à maior autonomia econômica. Em suma, seria possível medir o grau de empoderamento dessas mulheres dentro do movimento? Como as hierarquias se apresentam no coletivo?
Agradeço!

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Dandara Freire
Dandara Freire
Responder para  Viviane de Oliveira Barbosa
2 anos atrás

DE forma geral as mulheres se interessam pelo coletivo primeiramente pelo aspecto econômico, elas buscam uma fonte de renda própria/aumentar a renda familiar. Mas a partir do momento que elas são inseridas nas atividades do coletivo elas passam a ter outras preocupações também, principalmente por que representa uma saída da esfera doméstica e abre novas possibilidades para a participação em outras atividades do Assentamento. A própria independência econômica já é um fator de empoderamento, pois elas passam a participar mais ativamente sobre as decisões dentro da própria casa.Nota-se o empoderamento nos fatores de ordem de identidade, pois foi possível perceber que essas mulheres se identificam com agricultora/lavradora e não “dona de casa” e também na questão da auto estima pois as mulheres passaram a enxergar valor no seu trabalho, a se considerarem provedoras da alimentação saudável de suas famílias e ainda como agentes preocupadas com práticas de preservam a natureza, reconhecendo seu papel na construção de uma nova sociedade. Percebe-se que elas estão construindo um auto imagem positiva, aumentando sua confiança, promovendo a tomada de decisões.

O assentamento segue os parâmetros de paridade dos cargos dirigentes instituído pelo MST, possuindo sempre 50% ocupado por mulheres desde os núcleos de base (cada núcleo de base possui dois coordenadores, um homem e uma mulher). E dentro do Coletivo mesmo que alguns homens participem das atividades, as mulheres que são responsáveis por organizar toda a produção. Com relação a hierarquia, elas se dividem em grupos de acordo com as atividades realizadas (horta/artesanato/polpas etc…) e cada grupo possui uma coordenadora. 

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Antonio Michael Alves de Sousa
Antonio Michael Alves de Sousa
2 anos atrás

Boa tarde, ótimo trabalho. Parabéns pela pesquisa.

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Dandara Freire
Dandara Freire
Responder para  Antonio Michael Alves de Sousa
2 anos atrás

Obrigada.

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