Muito interessante, percebermos o quanto que a formação do assentamento desse coletivo de mulheres por meio de intensos diálogos e discussões contribui nessa busca pela igualdade de gênero, questões presentes nas diversas realidades, seja no campo ou no meio urbano, e o valor que a agroecologia contribue nesse caso, evidenciado a participação dessas mulheres em diversas atividades e sendo reconhecidas por isso, como produtoras de alimentos saudáveis etc. Dito isso, gostaria de saber se existe políticas governamentais destinadas para essas mulheres do coletivo?
Bom dia, como um incentivo especifico para mulheres agricultoras, existe o PRONAF Mulher que é uma linha de crédito desenvolvida especialmente para o público feminino, mas que até o momento que foi desenvolvida a pesquisa as mulheres do coletivo não tinham acesso. De forma geral o coletivo consegue acessar políticas públicas como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) por meio da Cooperativa Mista das Áreas de Reforma Agrária do Vale do Itapecuru (COOPEVI).
Curso
História
Você é o Orientador desta pesquisa?
Não
Jakson dos Santos Ribeiro
2 anos atrás
Boa tarde! Parabéns pela pesquisa, ela mostra uma dimensão importante para o estudo acerca das mulheres nos mundos do trabalho. Desse modo, você percebeu algum trabalho que apontasse a ação do governo local para dar apoio a esse atividade desenvolvida por essas mulheres?
Não percebi nenhum apoio do governo local especificamente para as ações desenvolvidas pelo coletivo. Todo o apoio que o coletivo recebe para desenvolver suas atividades são do MST ou de projetos de extensão de Universidades. A expansão da horta por exemplo, é fruto de um projeto de Extensão da Universidade Estadual do Maranhão (PIBEX/UEMA), em parceria com um projeto de cooperação internacional para o desenvolvimento financiado pela Universidade de Lleida e projeto de extensão da Universidade Estadual de Maringá (UEM). Esses projetos realizaram diversas atividades e oficinas principalmente envolvendo a temática da Agroecologia, apresentando técnicas sustentáveis e ecológicas para o desenvolvimento das atividades agrícolas desenvolvidas pelo coletivo de mulheres.
Curso
História
Você é o Orientador desta pesquisa?
Não
Viviane de Oliveira Barbosa
2 anos atrás
Boa tarde Dandara,
parabéns pela pesquisa!
Gostaria que você comentasse se a ação produtiva dessas mulheres tem de fato modificado a realidade de opressão/violência/secundarização delas no espaço privado ou se está associada apenas à maior autonomia econômica. Em suma, seria possível medir o grau de empoderamento dessas mulheres dentro do movimento? Como as hierarquias se apresentam no coletivo?
Agradeço!
DE forma geral as mulheres se interessam pelo coletivo primeiramente pelo aspecto econômico, elas buscam uma fonte de renda própria/aumentar a renda familiar. Mas a partir do momento que elas são inseridas nas atividades do coletivo elas passam a ter outras preocupações também, principalmente por que representa uma saída da esfera doméstica e abre novas possibilidades para a participação em outras atividades do Assentamento. A própria independência econômica já é um fator de empoderamento, pois elas passam a participar mais ativamente sobre as decisões dentro da própria casa.Nota-se o empoderamento nos fatores de ordem de identidade, pois foi possível perceber que essas mulheres se identificam com agricultora/lavradora e não “dona de casa” e também na questão da auto estima pois as mulheres passaram a enxergar valor no seu trabalho, a se considerarem provedoras da alimentação saudável de suas famílias e ainda como agentes preocupadas com práticas de preservam a natureza, reconhecendo seu papel na construção de uma nova sociedade. Percebe-se que elas estão construindo um auto imagem positiva, aumentando sua confiança, promovendo a tomada de decisões.
O assentamento segue os parâmetros de paridade dos cargos dirigentes instituído pelo MST, possuindo sempre 50% ocupado por mulheres desde os núcleos de base (cada núcleo de base possui dois coordenadores, um homem e uma mulher). E dentro do Coletivo mesmo que alguns homens participem das atividades, as mulheres que são responsáveis por organizar toda a produção. Com relação a hierarquia, elas se dividem em grupos de acordo com as atividades realizadas (horta/artesanato/polpas etc…) e cada grupo possui uma coordenadora.
Curso
História
Você é o Orientador desta pesquisa?
Não
Antonio Michael Alves de Sousa
2 anos atrás
Boa tarde, ótimo trabalho. Parabéns pela pesquisa.
Muito interessante, percebermos o quanto que a formação do assentamento desse coletivo de mulheres por meio de intensos diálogos e discussões contribui nessa busca pela igualdade de gênero, questões presentes nas diversas realidades, seja no campo ou no meio urbano, e o valor que a agroecologia contribue nesse caso, evidenciado a participação dessas mulheres em diversas atividades e sendo reconhecidas por isso, como produtoras de alimentos saudáveis etc. Dito isso, gostaria de saber se existe políticas governamentais destinadas para essas mulheres do coletivo?
Bom dia, como um incentivo especifico para mulheres agricultoras, existe o PRONAF Mulher que é uma linha de crédito desenvolvida especialmente para o público feminino, mas que até o momento que foi desenvolvida a pesquisa as mulheres do coletivo não tinham acesso. De forma geral o coletivo consegue acessar políticas públicas como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) por meio da Cooperativa Mista das Áreas de Reforma Agrária do Vale do Itapecuru (COOPEVI).
Boa tarde! Parabéns pela pesquisa, ela mostra uma dimensão importante para o estudo acerca das mulheres nos mundos do trabalho. Desse modo, você percebeu algum trabalho que apontasse a ação do governo local para dar apoio a esse atividade desenvolvida por essas mulheres?
Não percebi nenhum apoio do governo local especificamente para as ações desenvolvidas pelo coletivo. Todo o apoio que o coletivo recebe para desenvolver suas atividades são do MST ou de projetos de extensão de Universidades. A expansão da horta por exemplo, é fruto de um projeto de Extensão da Universidade Estadual do Maranhão (PIBEX/UEMA), em parceria com um projeto de cooperação internacional para o desenvolvimento financiado pela Universidade de Lleida e projeto de extensão da Universidade Estadual de Maringá (UEM). Esses projetos realizaram diversas atividades e oficinas principalmente envolvendo a temática da Agroecologia, apresentando técnicas sustentáveis e ecológicas para o desenvolvimento das atividades agrícolas desenvolvidas pelo coletivo de mulheres.
Boa tarde Dandara,
parabéns pela pesquisa!
Gostaria que você comentasse se a ação produtiva dessas mulheres tem de fato modificado a realidade de opressão/violência/secundarização delas no espaço privado ou se está associada apenas à maior autonomia econômica. Em suma, seria possível medir o grau de empoderamento dessas mulheres dentro do movimento? Como as hierarquias se apresentam no coletivo?
Agradeço!
DE forma geral as mulheres se interessam pelo coletivo primeiramente pelo aspecto econômico, elas buscam uma fonte de renda própria/aumentar a renda familiar. Mas a partir do momento que elas são inseridas nas atividades do coletivo elas passam a ter outras preocupações também, principalmente por que representa uma saída da esfera doméstica e abre novas possibilidades para a participação em outras atividades do Assentamento. A própria independência econômica já é um fator de empoderamento, pois elas passam a participar mais ativamente sobre as decisões dentro da própria casa.Nota-se o empoderamento nos fatores de ordem de identidade, pois foi possível perceber que essas mulheres se identificam com agricultora/lavradora e não “dona de casa” e também na questão da auto estima pois as mulheres passaram a enxergar valor no seu trabalho, a se considerarem provedoras da alimentação saudável de suas famílias e ainda como agentes preocupadas com práticas de preservam a natureza, reconhecendo seu papel na construção de uma nova sociedade. Percebe-se que elas estão construindo um auto imagem positiva, aumentando sua confiança, promovendo a tomada de decisões.
O assentamento segue os parâmetros de paridade dos cargos dirigentes instituído pelo MST, possuindo sempre 50% ocupado por mulheres desde os núcleos de base (cada núcleo de base possui dois coordenadores, um homem e uma mulher). E dentro do Coletivo mesmo que alguns homens participem das atividades, as mulheres que são responsáveis por organizar toda a produção. Com relação a hierarquia, elas se dividem em grupos de acordo com as atividades realizadas (horta/artesanato/polpas etc…) e cada grupo possui uma coordenadora.
Boa tarde, ótimo trabalho. Parabéns pela pesquisa.
Obrigada.