A luta por melhores condições escolares se dá em torno de uma educação quilombola, onde toda a comunidade escolar é quilombola –professoras/es, gestora, administrativo e estudantes, assim como, também, os mestres artesanais, agrícolas, medicinais, musicais, espirituais do Quilombo são tratados como educadoras/es dentro da escola. Além disso, seus saberes são aprendidos pelas crianças através de vivências pelo território quilombola e através de uma metodologia denominada pela comunidade como “sala de aulas sem parede”.
Sendo assim, a educação quilombola é contextualizada, objetivando romper com o eurocentrismo da educação escolar implantada no Brasil a partir da colonização portuguesa, na qual os saberes indígenas e negros ficaram do lado de fora dos muros das escolas durante muito tempo. E por fim, a prática escolar do Quilombo de Nazaré pretende educar suas crianças para a valorização como negros e quilombolas, e também para a valorização das outras diferenças, incluindo dimensões importantes para os valores dessas comunidades, como espiritualidade, respeito ao meio ambiente e luta pelo território.
Posto isso, melhores condições escolares e a identidade quilombola estão estritamente relacionados, uma vez que ela também se dá em torno da luta pela valorização de suas práticas culturais e os saberes do Quilombo de Nazaré.
Curso
Ciências Sociais
Você é o Orientador desta pesquisa?
Não
Bráulio Loureiro
2 anos atrás
Como a educação quilombola contribuiria para a constituição de uma dinâmica política emancipatória no âmbito das iniciativas do movimento quilombola?
O Movimento Quilombola do Maranhão (Moquibom) é um importante aliado da escola, e além de ter como pauta importante a titulação dos territórios quilombolas. Muito embora a titulação dos territórios seja importante pauta na luta, o movimento busca fortalecer a resistência coletiva de modo a constituir um modelo de organização política quilombola emancipatório, com a implementação de escolas quilombolas e exemplos de produção agrícola que possam propiciar a auto-gestão e a independência ao grande mercado, além da valorização de suas práticas culturais.
Proponente a isso, a luta pelo território é levada para a sala de aula como direito humano das comunidades quilombolas de viver nas suas terras ancestrais, na qual viveram suas/seus antepassadas/dos. A regularização de suas terras, para o Quilombo de Nazaré, é a possibilidade de não ser “escravizado” na contemporaneidade, conquistando com ela, autonomia para seu bem viver.
Curso
Ciências Sociais
Você é o Orientador desta pesquisa?
Não
Allena Yandra Dias Cabral
2 anos atrás
Que orgulho de você, Jayde! Parabéns pelo belíssimo trabalho!
Incrível como através das tuas palavras consegui sentir e refletir sobre o processo de construção da categoria Quilombo. Parabéns, Jayde, sei que todo esse processo de criação de relatório e pesquisa foi um tanto difícil para você e no final valeu super a pena, pois, sua pesquisa realmente ficou lindíssima de ler. Parabéns, tenho orgulho de ter tua amizade e de participar desse processo de construção.
Qual a relação entre a dinâmica social de construção da identidade quilombola e a luta por melhores condições escolares?
A luta por melhores condições escolares se dá em torno de uma educação quilombola, onde toda a comunidade escolar é quilombola –professoras/es, gestora, administrativo e estudantes, assim como, também, os mestres artesanais, agrícolas, medicinais, musicais, espirituais do Quilombo são tratados como educadoras/es dentro da escola. Além disso, seus saberes são aprendidos pelas crianças através de vivências pelo território quilombola e através de uma metodologia denominada pela comunidade como “sala de aulas sem parede”.
Sendo assim, a educação quilombola é contextualizada, objetivando romper com o eurocentrismo da educação escolar implantada no Brasil a partir da colonização portuguesa, na qual os saberes indígenas e negros ficaram do lado de fora dos muros das escolas durante muito tempo. E por fim, a prática escolar do Quilombo de Nazaré pretende educar suas crianças para a valorização como negros e quilombolas, e também para a valorização das outras diferenças, incluindo dimensões importantes para os valores dessas comunidades, como espiritualidade, respeito ao meio ambiente e luta pelo território.
Posto isso, melhores condições escolares e a identidade quilombola estão estritamente relacionados, uma vez que ela também se dá em torno da luta pela valorização de suas práticas culturais e os saberes do Quilombo de Nazaré.
Como a educação quilombola contribuiria para a constituição de uma dinâmica política emancipatória no âmbito das iniciativas do movimento quilombola?
O Movimento Quilombola do Maranhão (Moquibom) é um importante aliado da escola, e além de ter como pauta importante a titulação dos territórios quilombolas. Muito embora a titulação dos territórios seja importante pauta na luta, o movimento busca fortalecer a resistência coletiva de modo a constituir um modelo de organização política quilombola emancipatório, com a implementação de escolas quilombolas e exemplos de produção agrícola que possam propiciar a auto-gestão e a independência ao grande mercado, além da valorização de suas práticas culturais.
Proponente a isso, a luta pelo território é levada para a sala de aula como direito humano das comunidades quilombolas de viver nas suas terras ancestrais, na qual viveram suas/seus antepassadas/dos. A regularização de suas terras, para o Quilombo de Nazaré, é a possibilidade de não ser “escravizado” na contemporaneidade, conquistando com ela, autonomia para seu bem viver.
Que orgulho de você, Jayde! Parabéns pelo belíssimo trabalho!
Obrigada por estar comigo nesse processo e por todo apoio.
Excelente pesquisa Jayde, parabéns!!!!!!! 🙂
Obrigada, minha amiga!
Muito boa sua pesquisa, Jayde! Meus parabéns pela construção.
Obrigada, Lorena.
Incrível como através das tuas palavras consegui sentir e refletir sobre o processo de construção da categoria Quilombo. Parabéns, Jayde, sei que todo esse processo de criação de relatório e pesquisa foi um tanto difícil para você e no final valeu super a pena, pois, sua pesquisa realmente ficou lindíssima de ler. Parabéns, tenho orgulho de ter tua amizade e de participar desse processo de construção.
Muito obrigada por estar comigo nessa jornada, minha amiga.
Ótimo trabalho, parabéns Jayde
Muito obrigada, Marcos.
Parabéns, Jayde! Você nos enche de orgulho.