Bom dia! Parabéns ao Jean Luck Muniz Serra e sua orientadora, pela pesquisa. A proposição dessas reflexões, são importantes para percebemos aspectos tão presentes em nossa realidade. Assim questiono, foi realizado um mapa desses espaços com a falta de alimentos ? J
Bom dia! Agradeço os elogios e a atenção ao resultado da pesquisa.
Sobre o mapa, durante a realização das atividades analisou-se o Mapa do Estado do Maranhão, disponibilizado pelo Arquivo Nacional, e nele comparamos os locais citados nos documentos e as conclusões da Osmarina de que as regiões citadas se concentram principalmente na região norte do estado e majoritariamente perto de rios. Desse modo, foi anexado ao relatório a versão elaborada do mapa com as regiões citadas nos documentos, além de outro que entende os municípios que mais contribuem para o resultado do Estado, pelo PIB (em mil R$) em 2016.
Bolsista: Jean Luck Muniz Serra
Curso
História
Você é o Orientador desta pesquisa?
Não
Viviane de Oliveira Barbosa
2 anos atrás
Boa tarde Jean, parabéns pelo trabalho!
Gostaria que você desenvolvesse um pouco mais a noção de “prefeiturização”, conectando-a ao teu objeto de estudo, demonstrando como ela opera em suas conclusões de pesquisa.
Boa tarde! Agradeço os elogios e a atenção ao resultado da pesquisa.
Sob a ótica do artigo publicado em 2011 pela doutora em Políticas Públicas pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Maria do Socorro Sousa Araújo, pude entender o conceito desenvolvido por Norbert Elias de “prefeiturização” que são as oligarquias estruturadas pelos prefeitos e primeiras damas, que foram em partes sendo desfeita pelo programa Fome Zero. Antes tinha-se a ideia de que todos os programas sociais eram conquistas esforçadas da figura no poder, passando a ser uma articulação política desde então. Segundo ela, os prefeitos e suas respectivas primeiras-damas vêm assumindo o poder de mando, nesse contexto, a autoridade de definir a quem doar alimentos. Pensar nesse tipo de articulação (prefeiturização) é entender uma parte das oligarquias presentes no governo maranhense, e como isso está diretamente ligado com a pobreza e sua relação com a terra no contexto do Maranhão setecentista.
Curso
História
Você é o Orientador desta pesquisa?
Não
Welliton Fernando Pereira Soares
2 anos atrás
Parabéns pela pesquisa, Jean Serra. Visto que os “homens de qualidade” eram o maiores privilegiados pela concessão de sesmarias, como se dava o acesso a terra pelos pobres? Quais eram os critérios que o Estado utilizava para conceder lotes de terras? De que modo a sua pesquisa pode contribuir para se pensar uma política de distribuição de terras mais igualitário na atualidade, visto que ainda há reminiscências do período em questão?
Boa tarde! Agradeço os elogios e a atenção ao resultado da pesquisa.
Sobre os critérios, para receber uma sesmaria da Coroa seria necessário passar por alguns critérios, com a seleção daqueles que poderiam ser proprietários de terras; ser convertido à religião cristã católica; ter condições para desenvolver e investir economicamente na sesmaria recebida com recursos próprios; por fim, ter mão de obra para o cultivo da terra.
Os principais objetivos da primeira “Lei de Sesmarias” referem-se a estimular a ocupação das terras reconquistadas dos mulçumanos, tendo em vista prevenir e combater possíveis invasões estrangeiras nessas terras desocupadas; por seguinte, incentivava a realização das atividades agrícolas nos terrenos que não eram cultivados e assim resolver um problema da sociedade portuguesa. É desse princípio que, através das várias Ordenações Afonsinas e Manuelinas, seus objetivos se adaptaram às terras americanas.
Gradualmente o regime de sesmarias foi desligando-se das Ordenações do Reino e construindo uma legislação de acordo com as necessidades locais. Primeiramente, o fato de as concessões privilegiarem os homens de qualidade ou de cabedal nessa sociedade; por seguinte, a distribuição da terra sob a responsabilidade dos capitães-gerais e dos governadores, em contraposição, a aplicação da lei em Portugal, que essa função era realizada pelos sesmeiros; em terceiro lugar, a realização da fiscalização do cumprimento da lei como função do juiz ordinário e dos ouvidores.
A autora Osmarina Duarte expõe que “no século XVIII, ser pobre, ao mesmo tempo em que era um problema espiritual passou a ser uma questão social ligada, sobretudo, à carência de bens materiais, em que a posse ou não de terras poderia determinar a condição social e o poder político de certos indivíduos nessa sociedade colonial, haja vista, que terra era considerada sinônimo de riqueza e poder.”
Por isso, destaca-se que o sistema de sesmaria influenciou fortemente na manutenção da pobreza na América portuguesa, pois a atuação da legislação das sesmarias serviu como um mecanismo para controlar ociosidade na sociedade colonial e promover uma distribuição de terras baseada em privilégios e honrarias, de modo que podemos perceber seus efeitos até os dias atuais.
Portanto, o objetivo dessa pesquisa foi analisar como as realidades de pobreza se conectam à política de concessão de terras na dinâmica colonizadora do Maranhão colonial (séculos XVII e/ou XVIII) a fim de traçar uma caracterização das realidades sociais no período colonial.
Curso
História
Você é o Orientador desta pesquisa?
Não
Danilo Carneiro
2 anos atrás
Parabéns pela pesquisa Jean! É de suma importância sua relevância para a História e para o fomento das várias pesquisas acerca da História do Maranhão.
Bom dia! Parabéns ao Jean Luck Muniz Serra e sua orientadora, pela pesquisa. A proposição dessas reflexões, são importantes para percebemos aspectos tão presentes em nossa realidade. Assim questiono, foi realizado um mapa desses espaços com a falta de alimentos ? J
Bom dia! Agradeço os elogios e a atenção ao resultado da pesquisa.
Sobre o mapa, durante a realização das atividades analisou-se o Mapa do Estado do Maranhão, disponibilizado pelo Arquivo Nacional, e nele comparamos os locais citados nos documentos e as conclusões da Osmarina de que as regiões citadas se concentram principalmente na região norte do estado e majoritariamente perto de rios. Desse modo, foi anexado ao relatório a versão elaborada do mapa com as regiões citadas nos documentos, além de outro que entende os municípios que mais contribuem para o resultado do Estado, pelo PIB (em mil R$) em 2016.
Bolsista: Jean Luck Muniz Serra
Boa tarde Jean, parabéns pelo trabalho!
Gostaria que você desenvolvesse um pouco mais a noção de “prefeiturização”, conectando-a ao teu objeto de estudo, demonstrando como ela opera em suas conclusões de pesquisa.
Boa tarde! Agradeço os elogios e a atenção ao resultado da pesquisa.
Sob a ótica do artigo publicado em 2011 pela doutora em Políticas Públicas pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Maria do Socorro Sousa Araújo, pude entender o conceito desenvolvido por Norbert Elias de “prefeiturização” que são as oligarquias estruturadas pelos prefeitos e primeiras damas, que foram em partes sendo desfeita pelo programa Fome Zero. Antes tinha-se a ideia de que todos os programas sociais eram conquistas esforçadas da figura no poder, passando a ser uma articulação política desde então. Segundo ela, os prefeitos e suas respectivas primeiras-damas vêm assumindo o poder de mando, nesse contexto, a autoridade de definir a quem doar alimentos. Pensar nesse tipo de articulação (prefeiturização) é entender uma parte das oligarquias presentes no governo maranhense, e como isso está diretamente ligado com a pobreza e sua relação com a terra no contexto do Maranhão setecentista.
Parabéns pela pesquisa, Jean Serra. Visto que os “homens de qualidade” eram o maiores privilegiados pela concessão de sesmarias, como se dava o acesso a terra pelos pobres? Quais eram os critérios que o Estado utilizava para conceder lotes de terras? De que modo a sua pesquisa pode contribuir para se pensar uma política de distribuição de terras mais igualitário na atualidade, visto que ainda há reminiscências do período em questão?
Boa tarde! Agradeço os elogios e a atenção ao resultado da pesquisa.
Sobre os critérios, para receber uma sesmaria da Coroa seria necessário passar por alguns critérios, com a seleção daqueles que poderiam ser proprietários de terras; ser convertido à religião cristã católica; ter condições para desenvolver e investir economicamente na sesmaria recebida com recursos próprios; por fim, ter mão de obra para o cultivo da terra.
Os principais objetivos da primeira “Lei de Sesmarias” referem-se a estimular a ocupação das terras reconquistadas dos mulçumanos, tendo em vista prevenir e combater possíveis invasões estrangeiras nessas terras desocupadas; por seguinte, incentivava a realização das atividades agrícolas nos terrenos que não eram cultivados e assim resolver um problema da sociedade portuguesa. É desse princípio que, através das várias Ordenações Afonsinas e Manuelinas, seus objetivos se adaptaram às terras americanas.
Gradualmente o regime de sesmarias foi desligando-se das Ordenações do Reino e construindo uma legislação de acordo com as necessidades locais. Primeiramente, o fato de as concessões privilegiarem os homens de qualidade ou de cabedal nessa sociedade; por seguinte, a distribuição da terra sob a responsabilidade dos capitães-gerais e dos governadores, em contraposição, a aplicação da lei em Portugal, que essa função era realizada pelos sesmeiros; em terceiro lugar, a realização da fiscalização do cumprimento da lei como função do juiz ordinário e dos ouvidores.
A autora Osmarina Duarte expõe que “no século XVIII, ser pobre, ao mesmo tempo em que era um problema espiritual passou a ser uma questão social ligada, sobretudo, à carência de bens materiais, em que a posse ou não de terras poderia determinar a condição social e o poder político de certos indivíduos nessa sociedade colonial, haja vista, que terra era considerada sinônimo de riqueza e poder.”
Por isso, destaca-se que o sistema de sesmaria influenciou fortemente na manutenção da pobreza na América portuguesa, pois a atuação da legislação das sesmarias serviu como um mecanismo para controlar ociosidade na sociedade colonial e promover uma distribuição de terras baseada em privilégios e honrarias, de modo que podemos perceber seus efeitos até os dias atuais.
Portanto, o objetivo dessa pesquisa foi analisar como as realidades de pobreza se conectam à política de concessão de terras na dinâmica colonizadora do Maranhão colonial (séculos XVII e/ou XVIII) a fim de traçar uma caracterização das realidades sociais no período colonial.
Parabéns pela pesquisa Jean! É de suma importância sua relevância para a História e para o fomento das várias pesquisas acerca da História do Maranhão.
Agradeço imensamente pela atenção!
Parabéns pela pesquisa, uma grande contribuição para a historiografia maranhense.
Muito obrigado pelas palavras!