Kamilla, não é insuficiente uma só coleta por 48h para se ter resultados para responder o objetivo de um trabalho como o que foi proposto? Por que não foram feitas outras coletas?
À princípio seria realizada uma coleta em 9 áreas diferentes (3 fragmentos de floresta, 3 pastagens, e 3 matas de galeria), contudo devido às restrições da pandemia que foram até aproximadamente janeiro de 2021 onde até então não se havia acesso ao laboratório e coletas em campo, a orientadora solicitou a mudança do plano de trabalho com a autorização da PPG, já que o desenho experimental do projeto base não prevê mais de uma coleta em cada área. Por esse motivo, o projeto terá continuidade tendo em vista que as coletas não foram suficiente para chegar à uma conclusão em relação ao potencial bioimdicador dos crisopideos. Contudo as coletas realizadas puderam trazer resultados relevantes em termos de biodiversidade para os ambientes estudados.
Excelente pergunta, prof. Ana Maria. Então, como a Kamilla bem respondeu, no plano de trabalho original dela, estavam previstas 9 áreas de coleta (3 repetições de cada ambiente), que representa um recorte no meu projeto que prevê coletas em 60 áreas ao longo da bacia do Rio Lajeado para fazer um diagnóstico da conservação das áreas. Tendo em vista a quantidade de áreas, o projeto não prevê mais do que uma coleta por área, pois no final não vamos analisar os dados em termos de sazonalidade, e sim de ambientes. Infelizmente, no nosso campus (Balsas) as restrições às instalações laboratoriais e liberação para coletas de campo, demorou um pouco mais do que na capital. Até mais ou menos janeiro de 2021 ainda não estávamos exatamente liberados para acessar o laboratório. Devido a isso, eu achei melhor modificarmos o plano de trabalho para contemplar apenas uma área por ambiente (o mínimo do mínimo), para prevenir, caso tivéssemos restrições na pesquisa por causa da pandemia novamente. A PPG aprovou a modificação e seguimos com o inicio das coletas apenas no ano de 2021. Durante os meses de 2020, a Kamilla trabalhou em casa na confecção das armadilhas, e fez a revisão de literatura, até termos as liberações necessárias.
Também concordo que a coleta feita em apenas uma área por ambiente não é suficiente, mas não podíamos arriscar manter o plano com 9 áreas, e depois não conseguirmos cumprir com o plano, por conta das restrições. Acrescento, que fizemos coletas em mais áreas, mas esses resultados não foram colocados no relatório da Kamilla, porque já tínhamos modificado o plano de trabalho. De qualquer modo, como a Kamilla também respondeu, o projeto continua, e novas coletas estão sendo feitas para compor os resultados já encontrados. Além disso, nas três áreas referidas no relatório da Kamilla, há indicativo de espécies não registradas no MA de crisopídeos, o que está sendo verificado por um taxonomista do grupo, o que mostra a relevância do trabalho desenvolvido pela bolsista.
Agradecemos ao questionamento, e nos colocamos a disposição para responder outras dúvidas que tenham ficado.
Curso
Agronomia
Você é o Orientador desta pesquisa?
Sim
Profª Gislane Lopes
2 anos atrás
Bom dia a todos.
Trabalho muito relevante, principalmente pelo enfoque ambiental que aborda. Kamila, tenho uma observação: você conseguiu verificar nas suas analises algo que determinasse ou explicasse a dominância e frequência de algumas das morfoespécies nas áreas estudadas?
Boa noite Prof. Gislane, com a análise realizada neste trabalho não é possível determinar o que levou a ocorrência de dominância de algumas morfoespecies em detrimento de outras uma vez que não chegamos a identificar os indivíduos a nível de espécie para que tivéssemos informações mais precisas sobre os mesmos. Entretanto, podemos especular que esse resultado pode estar associado com questões ecológicas de preferência por determinados tipos de ambiente ou até mesmo por preferência alimentar. Contudo, a segunda hipótese é menos provável pelo fato de os crisopideos serem considerados polifagos. A primeira hipótese pode ser sustentada no princípio de que observamos que em ambientes com monocultivos ou em áreas próximas à esse tipo de vegetação houve uma maior ocorrência de tais insetos.
Kamilla, não é insuficiente uma só coleta por 48h para se ter resultados para responder o objetivo de um trabalho como o que foi proposto? Por que não foram feitas outras coletas?
À princípio seria realizada uma coleta em 9 áreas diferentes (3 fragmentos de floresta, 3 pastagens, e 3 matas de galeria), contudo devido às restrições da pandemia que foram até aproximadamente janeiro de 2021 onde até então não se havia acesso ao laboratório e coletas em campo, a orientadora solicitou a mudança do plano de trabalho com a autorização da PPG, já que o desenho experimental do projeto base não prevê mais de uma coleta em cada área. Por esse motivo, o projeto terá continuidade tendo em vista que as coletas não foram suficiente para chegar à uma conclusão em relação ao potencial bioimdicador dos crisopideos. Contudo as coletas realizadas puderam trazer resultados relevantes em termos de biodiversidade para os ambientes estudados.
Excelente pergunta, prof. Ana Maria. Então, como a Kamilla bem respondeu, no plano de trabalho original dela, estavam previstas 9 áreas de coleta (3 repetições de cada ambiente), que representa um recorte no meu projeto que prevê coletas em 60 áreas ao longo da bacia do Rio Lajeado para fazer um diagnóstico da conservação das áreas. Tendo em vista a quantidade de áreas, o projeto não prevê mais do que uma coleta por área, pois no final não vamos analisar os dados em termos de sazonalidade, e sim de ambientes. Infelizmente, no nosso campus (Balsas) as restrições às instalações laboratoriais e liberação para coletas de campo, demorou um pouco mais do que na capital. Até mais ou menos janeiro de 2021 ainda não estávamos exatamente liberados para acessar o laboratório. Devido a isso, eu achei melhor modificarmos o plano de trabalho para contemplar apenas uma área por ambiente (o mínimo do mínimo), para prevenir, caso tivéssemos restrições na pesquisa por causa da pandemia novamente. A PPG aprovou a modificação e seguimos com o inicio das coletas apenas no ano de 2021. Durante os meses de 2020, a Kamilla trabalhou em casa na confecção das armadilhas, e fez a revisão de literatura, até termos as liberações necessárias.
Também concordo que a coleta feita em apenas uma área por ambiente não é suficiente, mas não podíamos arriscar manter o plano com 9 áreas, e depois não conseguirmos cumprir com o plano, por conta das restrições. Acrescento, que fizemos coletas em mais áreas, mas esses resultados não foram colocados no relatório da Kamilla, porque já tínhamos modificado o plano de trabalho. De qualquer modo, como a Kamilla também respondeu, o projeto continua, e novas coletas estão sendo feitas para compor os resultados já encontrados. Além disso, nas três áreas referidas no relatório da Kamilla, há indicativo de espécies não registradas no MA de crisopídeos, o que está sendo verificado por um taxonomista do grupo, o que mostra a relevância do trabalho desenvolvido pela bolsista.
Agradecemos ao questionamento, e nos colocamos a disposição para responder outras dúvidas que tenham ficado.
Bom dia a todos.
Trabalho muito relevante, principalmente pelo enfoque ambiental que aborda. Kamila, tenho uma observação: você conseguiu verificar nas suas analises algo que determinasse ou explicasse a dominância e frequência de algumas das morfoespécies nas áreas estudadas?
Boa noite Prof. Gislane, com a análise realizada neste trabalho não é possível determinar o que levou a ocorrência de dominância de algumas morfoespecies em detrimento de outras uma vez que não chegamos a identificar os indivíduos a nível de espécie para que tivéssemos informações mais precisas sobre os mesmos. Entretanto, podemos especular que esse resultado pode estar associado com questões ecológicas de preferência por determinados tipos de ambiente ou até mesmo por preferência alimentar. Contudo, a segunda hipótese é menos provável pelo fato de os crisopideos serem considerados polifagos. A primeira hipótese pode ser sustentada no princípio de que observamos que em ambientes com monocultivos ou em áreas próximas à esse tipo de vegetação houve uma maior ocorrência de tais insetos.