A pesquisa da orientanda Larissa Bianca Anchieta, não apenas aponta o problema urbano no Centro Histórico e sua relação ficcional com cinema Noir, mas se aprofunda nas questões sociais, que aponta a vulnerabilidade da mulher quando transitando pelo espaço público, objeto do estudo. E a pesquisadora vai mais além, apontando a mulher negra como mais vulnerável à violência urbana. Por meio de pesquisa levanta essas questões e aponta as ruas e becos mais perigosos, sintetizados em um mapa. Aqui, também nos valemos dos mesmos comentários, já que a presente pesquisa é parte de uma tríade relativa ao problema da violência urbana na Praia Grande, a insegurança pública, a falta de pertencimento ao lugar e às questões relativas à violência de gênero.
Sem dúvida, o cinema retrata a vida e o tema da pesquisa é relevante, pois denuncia por meio de constatações científicas, fatos que vão se perdendo nas páginas policiais, sem que os poderes públicos constituídos encontrem uma solução de segurança duradoura. Como se constata, a Delegacia dedicada à proteção do turista, existente na localidade não consegue proteger os transeuntes e moradores que por lá transitam. Acrescente-se ainda os problemas de infraestrutura urbana, como a fraca iluminação. Outra questão de cunho sociológico, já levantada por vários frequentadores e admiradores daquele espaço secular, tão caro aos nossos escritores imortais, como Josué Montello e poetas de ontem e de hoje, é a inexistência de pertencimento ao lugar, conforme já citado que, mesmo com o brilho das luzes coloridas em épocas festivas, faz do Centro Histórico apenas um “lugar de passagem”. José Chagas, em seu poema Canhões do Silêncio, escreveu: “A cidade foi possuída pelo tempo, está grávida de seu passado e, dependendo de nós, poderá parir um demônio ou um anjo”. Sem dúvida, a pesquisa da bolsista Larissa Bianca, orientada pela Professora Rose Panet, expertise em cinema, confirmam essa terrível previsão do poeta: o demônio já nasceu no Centro Histórico. Cabe a todos nós, realizar “o exorcismo” do lugar, que já recebeu no passado o pomposo nome de “Projeto Reviver”. Diante das questões já expostas, cabe apenas uma pergunta à orientanda: De que forma, pode esse trabalho ter visibilidade para alertar, denunciar, cobrar providências e, principalmente se fazer visível para mais pessoas?
Olá, professor Salgado! Agradeço imensamente pelos seus comentários e análises minuciosas além dos elogios conferidos ao trabalho! Em tempos de pandemia, a divulgação científica encontra várias dificuldades, entretanto buscamos formas de trazer visibilidade para esta pesquisa. Poucos meses após o início da pesquisa (em meados de outubro de 2020), criamos um perfil no instagram (@elasnocentro.historico) com posts educativos abordando conceitos gerais como urbanidade, insegurança e gênero; estudos de caso locais e também buscamos usar este perfil como uma forma de compartilhar experiências entres mulheres que habitam o Centro Histórico. O intuito principal do perfil é divulgar a pesquisa e compartilhar conhecimento sobre a temática. Além disso, almeja-se compartilhar a pesquisa em congressos de pesquisa e revistas científicas.
Curso
Arquitetura e Urbanismo
Você é o Orientador desta pesquisa?
Não
Você é membro do Comitê de Avaliação?
Externo
Rose-France de Farias Panet
2 anos atrás
Parabéns, Larissa! foi um prazer ser tua orientadora. Aprendi muito com você que trouxe luzes e novas questões para o tema proposto. Siga em frente e você vai longe!
Muito obrigada, querida! Foi uma experiência maravilhosa e extremamente enriquecedora ter sido sua orientanda!!
Curso
Arquitetura e Urbanismo
Você é o Orientador desta pesquisa?
Não
Você é membro do Comitê de Avaliação?
Interno
Rose-France de Farias Panet
2 anos atrás
Obrigada, prof. Salgado!
Curso
Arquitetura e Urbanismo
Você é o Orientador desta pesquisa?
Sim
Você é membro do Comitê de Avaliação?
Interno
Gabriele Santos Costa
2 anos atrás
Primeiramente, gostaria de parabenizar à orientanda Larissa e também à orientadora Profa Rose por este trabalho incrível e com um tema tão relevante!
Percebo que o tema da pesquisa engloba bastante a questão da ‘percepção do espaço’. Com base no relato de não poder ir à campo, gostaria de saber se isso acabou dificultando o desenvolvimento da pesquisa de alguma forma? E, se sim, a realização da pesquisa de campo online ou outros mecanismos (caso queira citar) contribuíram para vencer essas dificuldades? 😉 Forte Abraço!
Oii Gabriele! Fico muito feliz que tenha gostado desta pesquisa, muito obrigada! Não poder ir a campo foi um obstáculo principalmente porque afetou o volume do nosso relatório fotográfico autoral. Utilizamos de fotografias realizadas em uma pesquisa anterior e recorremos a trabalhos fotográficos do Centro Histórico já feitos por terceiros. A questão da percepção e da vivência do espaço felizmente não foi tão afetada, porque anteriormente a pandemia, eu e a minha orientadora já vivenciávamos a rotina do Centro Histórico por vários anos 🙂
Para compreender as vivências de outras mulheres no espaço, utilizamos de formulários online e redes sociais para compartilhar e conhecer novas experiências. As plataformas digitais auxiliaram bastante para que pudéssemos aprofundar o nosso trabalho.
A pesquisa da orientanda Larissa Bianca Anchieta, não apenas aponta o problema urbano no Centro Histórico e sua relação ficcional com cinema Noir, mas se aprofunda nas questões sociais, que aponta a vulnerabilidade da mulher quando transitando pelo espaço público, objeto do estudo. E a pesquisadora vai mais além, apontando a mulher negra como mais vulnerável à violência urbana. Por meio de pesquisa levanta essas questões e aponta as ruas e becos mais perigosos, sintetizados em um mapa. Aqui, também nos valemos dos mesmos comentários, já que a presente pesquisa é parte de uma tríade relativa ao problema da violência urbana na Praia Grande, a insegurança pública, a falta de pertencimento ao lugar e às questões relativas à violência de gênero.
Sem dúvida, o cinema retrata a vida e o tema da pesquisa é relevante, pois denuncia por meio de constatações científicas, fatos que vão se perdendo nas páginas policiais, sem que os poderes públicos constituídos encontrem uma solução de segurança duradoura. Como se constata, a Delegacia dedicada à proteção do turista, existente na localidade não consegue proteger os transeuntes e moradores que por lá transitam. Acrescente-se ainda os problemas de infraestrutura urbana, como a fraca iluminação. Outra questão de cunho sociológico, já levantada por vários frequentadores e admiradores daquele espaço secular, tão caro aos nossos escritores imortais, como Josué Montello e poetas de ontem e de hoje, é a inexistência de pertencimento ao lugar, conforme já citado que, mesmo com o brilho das luzes coloridas em épocas festivas, faz do Centro Histórico apenas um “lugar de passagem”. José Chagas, em seu poema Canhões do Silêncio, escreveu: “A cidade foi possuída pelo tempo, está grávida de seu passado e, dependendo de nós, poderá parir um demônio ou um anjo”. Sem dúvida, a pesquisa da bolsista Larissa Bianca, orientada pela Professora Rose Panet, expertise em cinema, confirmam essa terrível previsão do poeta: o demônio já nasceu no Centro Histórico. Cabe a todos nós, realizar “o exorcismo” do lugar, que já recebeu no passado o pomposo nome de “Projeto Reviver”. Diante das questões já expostas, cabe apenas uma pergunta à orientanda: De que forma, pode esse trabalho ter visibilidade para alertar, denunciar, cobrar providências e, principalmente se fazer visível para mais pessoas?
Parabéns Larissa Bianca e Professora Rose!
Olá, professor Salgado! Agradeço imensamente pelos seus comentários e análises minuciosas além dos elogios conferidos ao trabalho! Em tempos de pandemia, a divulgação científica encontra várias dificuldades, entretanto buscamos formas de trazer visibilidade para esta pesquisa. Poucos meses após o início da pesquisa (em meados de outubro de 2020), criamos um perfil no instagram (@elasnocentro.historico) com posts educativos abordando conceitos gerais como urbanidade, insegurança e gênero; estudos de caso locais e também buscamos usar este perfil como uma forma de compartilhar experiências entres mulheres que habitam o Centro Histórico. O intuito principal do perfil é divulgar a pesquisa e compartilhar conhecimento sobre a temática. Além disso, almeja-se compartilhar a pesquisa em congressos de pesquisa e revistas científicas.
Parabéns, Larissa! foi um prazer ser tua orientadora. Aprendi muito com você que trouxe luzes e novas questões para o tema proposto. Siga em frente e você vai longe!
Muito obrigada, querida! Foi uma experiência maravilhosa e extremamente enriquecedora ter sido sua orientanda!!
Obrigada, prof. Salgado!
Primeiramente, gostaria de parabenizar à orientanda Larissa e também à orientadora Profa Rose por este trabalho incrível e com um tema tão relevante!
Percebo que o tema da pesquisa engloba bastante a questão da ‘percepção do espaço’. Com base no relato de não poder ir à campo, gostaria de saber se isso acabou dificultando o desenvolvimento da pesquisa de alguma forma? E, se sim, a realização da pesquisa de campo online ou outros mecanismos (caso queira citar) contribuíram para vencer essas dificuldades? 😉 Forte Abraço!
Oii Gabriele! Fico muito feliz que tenha gostado desta pesquisa, muito obrigada! Não poder ir a campo foi um obstáculo principalmente porque afetou o volume do nosso relatório fotográfico autoral. Utilizamos de fotografias realizadas em uma pesquisa anterior e recorremos a trabalhos fotográficos do Centro Histórico já feitos por terceiros. A questão da percepção e da vivência do espaço felizmente não foi tão afetada, porque anteriormente a pandemia, eu e a minha orientadora já vivenciávamos a rotina do Centro Histórico por vários anos 🙂
Para compreender as vivências de outras mulheres no espaço, utilizamos de formulários online e redes sociais para compartilhar e conhecer novas experiências. As plataformas digitais auxiliaram bastante para que pudéssemos aprofundar o nosso trabalho.
Um abraço, querida!