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Petunia Galvão Bezerra
Petunia Galvão Bezerra
2 anos atrás

Excelente trabalho! Qual foi sua etapa preferida da pesquisa?

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LUCAS RAFAEL CHAVES DE SOUSA
LUCAS RAFAEL CHAVES DE SOUSA
Responder para  Petunia Galvão Bezerra
2 anos atrás

Boa noite, Petúnia! Fico imensamente feliz pelo teu apreço à pesquisa que desenvolvi nesse ciclo de iniciação científica. Bem, agora tratando da pergunta, dentre todas as atividades que pude realizar durante esse ano com o projeto, sem dúvidas a que mais me encantou foram as visitas até as instalações da CMB/MA. Observar as políticas públicas desenvolvidas, perceber o papel da intersetorialidade como base para um atendimento combativo e conscientizador frente à violência de gênero, identificar toda a rede de apoio oferecido à vítima; tudo isso e uma gama de outros fatores só foram possíveis por conta das visitas, das entrevistas realizadas e dos depoimentos colhidos. Enfim, espero que tenhas gostado da resposta. Um abraço!

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Frank Leonardo Gomes Ferreira Junior
Frank Leonardo Gomes Ferreira Junior
2 anos atrás

Excelente trabalho frente esse tema importantíssimo, que abrange várias esferas do direito, principalmente a constitucional e a penal !

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LUCAS RAFAEL CHAVES DE SOUSA
LUCAS RAFAEL CHAVES DE SOUSA
Responder para  Frank Leonardo Gomes Ferreira Junior
2 anos atrás

Obrigado, meu amigo! Fico feliz que tenhas apreciado e me faço disponível para movimentar o debate. Um abraço!

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MARCO ANTÔNIO MARTINS DA CRUZ
MARCO ANTÔNIO MARTINS DA CRUZ
2 anos atrás

Parabéns pelo trabalho!! è uma satisfação ver nossos discentes engajados em pesquisas como a sua.
Aqui é o professor Marco Cruz.
Alguns questionamentos:
1 – O pesquisador menciona Baumann no texto relativo ao referencial teórico, mas este autor não é relacionado nas referências do estudo;
2 – Como pensa em articular teoricamente dois autores de diferentes orientações como Baumann e Bourdieu?
3 – Foi feito estudo de campo apesar da situação sanitária da pandemia?
Saudações acadêmicas! 🙂

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LUCAS RAFAEL CHAVES DE SOUSA
LUCAS RAFAEL CHAVES DE SOUSA
Responder para  MARCO ANTÔNIO MARTINS DA CRUZ
2 anos atrás

Bom dia, professor! Primeiramente é uma honra ter o senhor apreciando o trabalho que aqui apresento. Desde já, considero todas as suas ponderações extremamente relevantes para o progresso não só de minha pesquisa, mas do meu próprio na condição de pesquisador. Tratando mais a fundo a respeito dos pontos levantados, irei comentá-los de forma sequencial, a saber:

1 – Bauman, referencial teórico e referências bibliográficas: ainda que, por descuido de minha parte, o nome do autor não tenha sido aludido nas referências do resumo expandido em questão, ressalto que fiz uso de seus estudos e inferências ao longo de todo o percurso deste ciclo de iniciação científica. Para bem ilustrar, deixo aqui um link (https://drive.google.com/drive/folders/1Ctq0rihiPPVgTfVmbFGzZVO1BV20KC5f?usp=sharing) de uma pasta no Google Drive, a qual constam meu relatório final de pesquisa e um artigo apresentado durante o ciclo, trabalhos estes em que as construções de Bauman foram muito valiosas para uma percepção mais apurada do problema. No mais, agradeço de verdade pela crítica pontuada e procurarei observar melhor a estruturação do trabalho na hora de referenciar.

2 – Bauman, Bourdieu e a articulação teórico-metodológica: ainda que com ideários e construções acadêmicas distintas, os dois autores foram bem relevantes para a compreensão do problema estudado e a consequente apuração dos objetivos levantados no começo da pesquisa. Pierre Bourdieu foi utilizado para uma compreensão mais específica acerca da violência de gênero, que antes de se evidenciar materialmente, é resultado de uma estética de dominação simbólica que delimita já no inconsciente as estruturas de poder que favorecem o ideal heteronormativo e, consequentemente, subjugam a mulher e todos aqueles que não se enquadrem no grupo dominante. Já Bauman teve sua valia por permitir um entendimento sobre a ambiência de violência e falta de segurança que rondam os espaços contemporâneos; a “arquitetura do medo”, como ele mesmo fala, é motivo de temor e incerteza para muitos, mas atinge sobretudo a parcela da sociedade tratada como ‘minoria’ (mulheres e comunidade LGBTQIA+, p.ex.) por não ter seu discurso legitimado ante à esfera dominante que vigora.

3 – Casa da Mulher Brasileira, trabalho de campo e a COVID-19: como a própria elaboração dos objetivos geral e específico evidenciam, não menos importante que a compreensão teórica e metodológica acerca do fenômeno estudado, a ida in loco às instalações da CMB/MA seria de substancial relevância para uma exposição dos resultados que fosse consoante ao problema levantado. Por isso, ainda que com a ambiência imposta pela pandemia de COVID-19 (importante ressaltar, seguindo todos os protocolos sanitários e em atenção à diminuição dos índices epidemiológicos), foram realizadas incursões até a unidade da Casa da Mulher Brasileira daqui do Maranhão, localizada no Jaracaty. Antes de irmos, um contato inicial foi realizado com as lideranças da CMB por whatsapp, revelando a iniciativa e a finalidade científica das visitas. Chegando lá, fomos muito bem assistidos e orientados e percebemos não só a importância de um trabalho engajado e intersetorial no enfrentamento à violência de gênero, mas também de todo aparato utilizado para prestar a melhor assistência possível à mulher vítima de agressões das mais diversas naturezas. Também foi possível averiguar a importância das políticas públicas de conscientização, muitas delas realizadas com o apoio de ONG´s e instituições privadas. Por fim, observou-se a presença de algumas dificuldades (financeiras, estruturais e ideológicas) que obstam uma atuação mais eficiente da CMB/MA ante a complexidade do problema.

Peço perdão se me alonguei demais, mas espero ter tirado as dúvidas a respeito dos questionamentos levantados pelo senhor. Mais uma vez, agradeço por tudo o que foi pontuado e me faço disponível para o debate. Um abraço!!

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Last edited 2 anos atrás by LUCAS RAFAEL CHAVES DE SOUSA
Thiago Allisson Cardoso de Jesus
Thiago Allisson Cardoso de Jesus
Responder para  LUCAS RAFAEL CHAVES DE SOUSA
2 anos atrás

Excelentes ponderações!

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Laís Maria Costa Andrade
Laís Maria Costa Andrade
2 anos atrás

Parabéns pela pesquisa, Lucas Rafael!

Foi possível observar de alguma maneira se as mulheres que procuram os serviços relacionados à CMB/MA fazem isto por plena confiança ou em razão de ser a última alternativa viável para o problema em questão? Se este último caso tiver resposta positiva, de que maneira a estrutura burocratizada e a cultura patriarcal apontada no estudo influem para tanto?

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LUCAS RAFAEL CHAVES DE SOUSA
LUCAS RAFAEL CHAVES DE SOUSA
Responder para  Laís Maria Costa Andrade
2 anos atrás

Boa noite, Laís! Conforme já balizado por estudiosos e estudiosas na esfera da violência de gênero, percebeu-se que a confiança e o senso de independência da mulher vítima de violência tende a se arrefecer a cada abuso perpetrado por seu agressor – fato que também foi possível averiguar com as investigações realizadas e os depoimentos das lideranças da CMB/MA -, o que leva a uma difícil e remota possibilidade dela (por sua conta) procurar os serviços oferecidos pela Casa.

O que geralmente acontece é o auxílio da chamada rede de apoio, que nada mais são do que vizinhos, familiares e amigos próximos que contribuem para que a mulher realize a chamada “rota crítica”, sendo este o termo alusivo ao percurso que ela faz para sair da situação abusiva e, assim, procurar meios legais de enfrentamento e políticas públicas de assistência.

Contudo, mesmo que a CMB/MA utilize de meios como a “Patrulha Maria da Penha” e o Departamento de Feminicídio para se aproximar mais do contexto estarrecedor na qual a vítima se encontra, muitos são os desafios para uma atuação plena e engajada, que ofereça uma resposta eficiente e adequada ao tamanho da problemática enfrentada. Dentre os principais impeditivos constatados durante o ciclo de pesquisa, posso citar duas que se destacam, a saber:

1 – aspecto financeiro: a CMB, instituída como parte integrante do programa “Mulher: Viver Sem Violência” (elaborado ao tempo do governo da presidente Dilma), foi desenvolvida originalmente com a meta de ter a maior parte de seu financiamento oriundo da esfera federal. Com o passar dos anos, tratando especificamente da unidade maranhense, pôde-se observar que os repasses passaram a ser em sua maioria oriundos do governo estadual; isso, invariavelmente, não permitiu com que muitas das ações previstas no advento da política pública saíssem verdadeiramente do papel.

2 – o ideal heteronormativo e a perpetuação de discursos e mentalidades abusivas: aqui a dificuldade que se impõe é a de conscientizar a população que a violência de gênero é um problema, sobretudo, estrutural e urgente; está nas bases que formam a sociedade e merece atenção e atitudes combativas não só do Poder Público, mas por todos os integrantes da coletividade.

Bem, no mais é isso! Espero que tenha conseguido responder teu questionamento e fico aberto ao debate.

Agradeço pelas felicitações, minha amiga! Um abraço!

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MARCO ANTÔNIO MARTINS DA CRUZ
MARCO ANTÔNIO MARTINS DA CRUZ
2 anos atrás

Parabéns pelo trabalho!! É uma satisfação ver nossos discentes engajados em pesquisas como a sua.
Aqui é o professor Marco Cruz.
Alguns questionamentos:
1 – O pesquisador menciona Bauman no texto relativo ao referencial teórico, mas este autor não é relacionado nas referências ao final do estudo;
2 – Como pensa em articular teoricamente dois autores de diferentes orientações como Bauman e Bourdieu?
3 – Foi feito estudo de campo apesar da situação sanitária da pandemia?
Saudações acadêmicas! 🙂 

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Não
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LUCAS RAFAEL CHAVES DE SOUSA
LUCAS RAFAEL CHAVES DE SOUSA
Responder para  MARCO ANTÔNIO MARTINS DA CRUZ
2 anos atrás

Bom dia, professor! Primeiramente é uma honra ter o senhor apreciando o trabalho que aqui apresento. Desde já, considero todas as suas ponderações extremamente relevantes para o progresso não só de minha pesquisa, mas do meu próprio na condição de pesquisador. Tratando mais a fundo a respeito dos pontos levantados, irei comentá-los de forma sequencial, a saber:

1 – Bauman, referencial teórico e referências bibliográficas: ainda que, por descuido de minha parte, o nome do autor não tenha sido aludido nas referências do resumo expandido em questão, ressalto que fiz uso de seus estudos e inferências ao longo de todo o percurso deste ciclo de iniciação científica. Para bem ilustrar, deixo aqui um link (https://drive.google.com/drive/folders/1Ctq0rihiPPVgTfVmbFGzZVO1BV20KC5f?usp=sharing) de uma pasta no Google Drive, a qual constam meu relatório final de pesquisa e um artigo apresentado durante o ciclo, trabalhos estes em que as construções de Bauman foram muito valiosas para uma percepção mais apurada do problema. No mais, agradeço de verdade pela crítica pontuada e procurarei observar melhor a estruturação do trabalho na hora de referenciar.

2 – Bauman, Bourdieu e a articulação teórico-metodológica: ainda que com ideários e construções acadêmicas distintas, os dois autores foram bem relevantes para a compreensão do problema estudado e a consequente apuração dos objetivos levantados no começo da pesquisa. Pierre Bourdieu foi utilizado para uma compreensão mais específica acerca da violência de gênero, que antes de se evidenciar materialmente, é resultado de uma estética de dominação simbólica que delimita já no inconsciente as estruturas de poder que favorecem o ideal heteronormativo e, consequentemente, subjugam a mulher e todos aqueles que não se enquadrem no grupo dominante. Já Bauman teve sua valia por permitir um entendimento sobre a ambiência de violência e falta de segurança que rondam os espaços contemporâneos; a “arquitetura do medo”, como ele mesmo fala, é motivo de temor e incerteza para muitos, mas atinge sobretudo a parcela da sociedade tratada como ‘minoria’ (mulheres e comunidade LGBTQIA+, p.ex.) por não ter seu discurso legitimado ante à esfera dominante que vigora.

3 – Casa da Mulher Brasileira, trabalho de campo e a COVID-19: como a própria elaboração dos objetivos geral e específico evidenciam, não menos importante que a compreensão teórica e metodológica acerca do fenômeno estudado, a ida in loco às instalações da CMB/MA seria de substancial relevância para uma exposição dos resultados que fosse consoante ao problema levantado. Por isso, ainda que com a ambiência imposta pela pandemia de COVID-19 (importante ressaltar, seguindo todos os protocolos sanitários e em atenção à diminuição dos índices epidemiológicos), foram realizadas incursões até a unidade da Casa da Mulher Brasileira daqui do Maranhão, localizada no Jaracaty. Antes de irmos, um contato inicial foi realizado com as lideranças da CMB por whatsapp, revelando a iniciativa e a finalidade científica das visitas. Chegando lá, fomos muito bem assistidos e orientados e percebemos não só a importância de um trabalho engajado e intersetorial no enfrentamento à violência de gênero, mas também de todo aparato utilizado para prestar a melhor assistência possível à mulher vítima de agressões das mais diversas naturezas. Também foi possível averiguar a importância das políticas públicas de conscientização, muitas delas realizadas com o apoio de ONG´s e instituições privadas. Por fim, observou-se a presença de algumas dificuldades (financeiras, estruturais e ideológicas) que obstam uma atuação mais eficiente da CMB/MA ante a complexidade do problema.

Peço perdão se me alonguei demais, mas espero ter tirado as dúvidas a respeito dos questionamentos levantados pelo senhor. Mais uma vez, agradeço por tudo o que foi pontuado e me faço disponível para o debate. Um abraço!!

Curso
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Last edited 2 anos atrás by LUCAS RAFAEL CHAVES DE SOUSA
Thiago Allisson Cardoso de Jesus
Thiago Allisson Cardoso de Jesus
2 anos atrás

Lucas, muito orgulho de ser seu orientador e observar o seu crescimento como pesquisador e como pessoa nesse mundo cheio de desencantos! Parabéns pelo ciclo que encerra e força para o que se inicia: que seja extremamente fecundo!

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LUCAS RAFAEL CHAVES DE SOUSA
LUCAS RAFAEL CHAVES DE SOUSA
Responder para  Thiago Allisson Cardoso de Jesus
2 anos atrás

Professor, pra mim é motivo de muita alegria ser seu orientando e poder crescer cada vez mais com seus ensinamentos, estes que vão muito além da vivência acadêmica! Grato por todo auxílio, pela humildade em ensinar e por toda atenção. Vamos juntos por mais!!

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