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Maria Helena Alves Ramos
Maria Helena Alves Ramos
2 anos atrás

No que diz respeito ao direito ser permeado por uma linguagem de violência simbólica, como se pode avaliar por exemplo a atuação do STF em relação a essa violência: está mais perto da faceta opressora do direito ou mais alinahdo à onda constitucionalista e garantista? E o que podemos esperar da atuação do tribunal com a nomeação de dois novos ministros abertamente conservadores?

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Maria Paula Correia Ramos
Maria Paula Correia Ramos
Responder para  Maria Helena Alves Ramos
2 anos atrás

Olá, Maria Helena! Sua pergunta é extremamente pertinente, obrigada! Eu entendo que o STF atua em conformidade com uma hermenêutica constitucional mais garantista, ainda mais na perspectiva pandêmica em que vivemos, afinal as comunidades tradicionais são as mais sensíveis à crise sanitária e mais ainda, à crise política atual. Esta que se reflete na nomeação dos ministros conservadores e que interfere, infelizmente, no prosseguimento de importante temáticas referente às comunidades quilombolas.
Portanto o direcionamento e tomada de decisão dos chefes do judiciário é algo sujeito à influências políticas externas, o que é um risco muito grande, pois estamos sob o julgo de um governo conservador e muitas demandas das comunidades tradicionais só entram em pauta quando o Poder Judiciário é questionado, conforme dita o princípio da inércia.
Espero ter esclarecido um pouco suas dúvidas!

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Maria Helena Alves Ramos
Maria Helena Alves Ramos
2 anos atrás

Parabéns pela pesquisa amiga!!! Essa temática é relevantíssima, especialmente no nosso Estado!!!

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Maria Paula Correia Ramos
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Responder para  Maria Helena Alves Ramos
2 anos atrás

Obrigada, amiga!! É de extrema importância questionar uma problemática onde a efetivação dos direitos é ausente ainda mais o Maranhão sendo um dos estados com maior índice de violência no campo e com um expressivo número de comunidades tradicionais espalhados pelo seu território.

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Luiz Eduardo
Luiz Eduardo
2 anos atrás

Bela pesquisa, tema muito importante e que merece espaço para debates. Parabéns pela pesquisa, à bolsista e sua orientadora.

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Maria Paula Correia Ramos
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Responder para  Luiz Eduardo
2 anos atrás

Obrigada pelo seu retorno! É gratificante ter o espaço de debate ampliado!

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Luiz Eduardo
Luiz Eduardo
2 anos atrás

Gostaria de saber ainda como foi introduzida a temática da pesquisa na entrevista com a interlocutora ?

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Maria Paula Correia Ramos
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Responder para  Luiz Eduardo
2 anos atrás

Interessante sua pergunta! Foi bastante desafiador, porque não se trata de dissertar sobre um problema em frente a quem realmente convive com ele. O pesquisador está ali como receptor do que está sendo compartilhado pelo interlocutor, no meu caso, a professora Militina, que possuía uma vasta bagagem sobre a importância do seu território e ciência sobre os posicionamentos das autoridades.
Ressalto que o sucesso da entrevista foi alcançado graças a um trabalho de equipe, em especial, os cientistas sociais de experiência que me acompanharam desde o trabalho de campo a sistematização das informações obtidas.
Agradeço a sua contribuição!

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Pedro Campos
Pedro Campos
2 anos atrás

Parabéns pela pesquisa. Excelente temática!!
Importante reflexão sobre o poder simbólico e a provocação sobre a possibilidade de afirmar, do ponto de vista jurídico-normativo, que a legislação brasileira se faz suficiente na defesa das garantias dos povos quilombolas dessa região do Maranhão. Nesse sentido, como garantir esses direitos indo além da esfera normativa?

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Maria Paula Correia Ramos
Maria Paula Correia Ramos
Responder para  Pedro Campos
2 anos atrás

Olá, Pedro! Sua pergunta é de bastante relevância se percebermos que só o legiferar não alcança a realidade de seu destinatário, sozinho não provoca mudanças. É um convite a todos, em especial ao acadêmico de Direito, a volver seu olhar para mais além, pois, o fenômeno jurídico também envolve o fático.
E quem faz essa conexão com a realidade são as autoridades políticas junto com as organizações civis, as instituições e estruturas que compõe o Estado, é um leque bastante amplo de atores, – mas afinal o próprio processo de titulação, a que o ADCT se refere, envolve ITERMA, INCRA, antropólogos, secretarias e outros elementos – que juntos constroem políticas afirmativas voltadas a consecução destes direitos Enfim, espero ter esclarecido seu questionamento!

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Laís Maria Costa Andrade
Laís Maria Costa Andrade
2 anos atrás

Parabéns pela pesquisa, Maria Paula!

Qual foi o principal óbice percebido para a efetivação do plano formal da Constituição garantista no plano real de vivência da comunidade analisada? Quais técnicas de pesquisa foram mais utilizadas para se estudar tal problemática?

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Maria Paula Correia Ramos
Maria Paula Correia Ramos
Responder para  Laís Maria Costa Andrade
2 anos atrás

Oi, Laís! Sua indagação é deveras pertinente, obrigada pela contribuição! Eu afirmo que o principal obstáculo de efetivação do direito positivado na Constituição seria o conflito de interesses entre os grandes empreendimentos que dominam o cenário político e os interesses das comunidades tradicionais, como Mamuna. Quanto as principais técnicas de pesquisa utilizadas foram o levantamento bibliográfico, a observação situada e a entrevista.

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Claudyule Torres
Claudyule Torres
2 anos atrás

Excelente pesquisa, parabéns Maria Paula!! 🙂

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Maria Paula Correia Ramos
Maria Paula Correia Ramos
Responder para  Claudyule Torres
2 anos atrás

Obrigada, amiga!!!

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Horácio Antunes de Sant'Ana Júnior
Horácio Antunes de Sant'Ana Júnior
2 anos atrás

Maria Paula, parabéns pelo seu importante trabalho!
A partir da pesquisa, você consegue apontar quais são os principais instrumentos utilizados pela comunidade Mamuna para resistir em seu território?

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Maria Paula Correia Ramos
Maria Paula Correia Ramos
Responder para  Horácio Antunes de Sant'Ana Júnior
2 anos atrás

Olá, Horácio! Agradeço a sua participação e fico feliz de compartilhar este trabalho contigo e com os demais!
Posso lhe afirmar que um dos maiores instrumentos de resistência de Mamuna é a união, que os levou a tomar conhecimento dos ocorridos e se manifestarem em conjunto, juridicamente e politicamente em contrário as intervenções, bem como a se organizarem enquanto comunidade para intervir diretamente na paralização dos atos, dos profissionais e dos maquinários envolvidos.
É essa mesma união em defesa de seu território, que manifesta a ciência de sua importância para a manutenção de sua territorialidade específica, de sua posição como comunidade tradicional.

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Marivania Leonor Souza Furtado
Marivania Leonor Souza Furtado
2 anos atrás

Parabéns pela pesquisa, Maria Paula!
os resultados da sua pesquisa demonstram seu compromisso com o fazer científico aconrado na luta pelo direito de (r)existir dos “sobrantes” da lógica hegemômica da sociedade capitalista. Gostaria que vc comentasse sobre os desdobramentos das suas investigações sobre as dinâmicas territoriais em contexto de instalação de mega empreendimentos e a resistência das comunidades quilombolas na Baixada Maranhense.

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Maria Paula Correia Ramos
Maria Paula Correia Ramos
Responder para  Marivania Leonor Souza Furtado
2 anos atrás

Agradeço, professora, é mérito nosso!
No decorrer de minhas análises posso aferir que é evidente o quão discrepante é a apreensão do território para os diferentes atores sociais envolvidos, sejam comunidades tradicionais, sejam grandes empreendimentos. Segundo a lógica capitalista que move o empresariado, determinada intervenção, como uma base de lançamento fruto de parcerias internacionais seria o sinônimo de desenvolvimento, de modernidade e avanço, mas seria benéfico para quem? Porque do outro lado deste conflito, existe uma comunidade que resiste e que não é escutada por seguir uma lógica diferente da dominante.
Mamuna é certificada como Território Étnico Quilombola (TEQUILA) e mesmo assim é alvo de uma violência, principalmente institucional, afinal esta mesma lógica capitalista que move o empresariado, atinge a esfera governamental. Estamos diante de uma comunidade organizada, ciente da importância do seu território para a manutenção de sua territorialidade específica, que resistiu e que continua resistindo às tentativas de avanço de um desenvolvimento seletivo. Esta percepção não se restringe apenas a Mamuna, presenciei o mesmo nas demais comunidades que estive em contato nas minhas viagens de campo na Baixada Maranhense, bem como presenciei a mesma violência simbólica imersa nos empreendimentos estatais sob o julgo de um discurso desenvolvimentista.
É impossível trazer a tona o problema sem apontar a (ir) responsabilidade estatal na não consecução das políticas afirmativas e nos direitos fixados constitucionalmente, porque este foi um dos questionamentos levantados pela interlocutora da pesquisa: Quais as vantagens que a comunidade obterá? Como participar dos benefícios de um grande empreendimento quando nem educação de qualidade é ofertada? O que eu presenciei foi uma comunidade isolada e invisível institucionalmente, de difícil acesso, cujas relações de vizinhança – que fazem parte de sua territorialidade – são desmontadas devido ao avanço de empreendimentos travestidos de parcerias governamentais e internacionais.
O problema é alarmante, professora e demais leitores! Sempre existiu, mas atualmente encontra respaldo em um governo conservador e ruralista, como foi evidenciado em algumas perguntas e respostas acima. E são essas reflexões e trocas de informações interseccional entre acadêmicos, quilombolas, organizações civis e demais atores sociais que auxiliam na estruturação dos diferentes graus de conscientização das comunidades tradicionais espalhadas pelo território nacional, e em especial, maranhense, assim como na construção da oposição, porque é este é o nosso papel agora, ser oposição da inércia governamental frente ao avanço do empresariado guiado apenas pela lógica de mercado.

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Cynthia Carvalho Martins
Cynthia Carvalho Martins
2 anos atrás

Parabéns à orientadora e à discente. O trabalho apresenta contribuições teórico-metodológicas e atende aos critérios científicos.

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