Boa tarde! Parabéns Max pela pesquisa. Muito importante o estudo entre, história, memória e fotografia. Assim, eu questiono, em relação ao número expressivo de fotografias, quantos foram catalogadas? Quantas temáticas foram trabalhadas dentro da relação história, memória e fotografia?
Boa noite, Jakson. Primeiramente, muito obrigado pelos dizeres. É preciso ressaltar que o projeto de pesquisa que desenvolvemos junto ao PIBIC não teve como propósito catalogar as imagens do acervo fotográfico de Sinésio Santos. Durante os dois anos do estudo, buscamos discutir a interação entre fotografia, história e memória a partir do referencial teórico e imagético selecionado. O levantamento de fotografias que realizamos foi para atender essa demanda. Por conta disso, ao delimitar os caminhos da pesquisa, utilizamos, tão somente, por volta de trinta registros. A atividade ora apresentada integra um projeto maior, que se debruça sobre a obra de Sinésio Santos e sua relevância para documentação e preservação da história caxiense. O curso de História do CESC/UEMA, em parceria com diversos outros cursos do campus, digitalizou um enorme acervo, que dentro em breve espera-se que seja tornado público. Estima-se que a produção do fotógrafo detenha, aproximadamente, dez mil negativos, os quais abarcam os mais distintos acontecimentos. Assim, recorremos a estas fotografias digitalizadas anteriormente. Nossas principais fontes foram a obra “Sinésio Santos: a cidade e os olhos” e a tese de doutorado da professora Marinalva Aguiar Teixeira Rocha (professora do departamento de Letras e minha orientadora), além de registros que encontramos em jornais e álbuns de famílias. No primeiro momento da pesquisa (2019-2020), realizamos entrevistas com antigos moradores da cidade, intentando observar o discurso memorialístico presente em suas falas. Para tanto, apresentamos as fotografias a esses entrevistados e os questionamos acerca de distintos aspectos que se manifestaram nas fotografias selecionadas. Por conta das restrições impostas pela pandemia da COVID-19, além do fato de nosso estudo evolver pessoas acima de 60 anos (classificadas como pertencentes ao grupo de risco da enfermidade), paralisamos as entrevistas antes do previsto. Por conta de tal conjuntura, redirecionamos a abordagem para trabalhar, mais precisamente, o processo de urbanização da cidade, o que foi documentado entre 1950-1990 por Sinésio, no seu período de atividade. Os tópicos que trabalhamos, em essência, foram os eventos religiosos (delineando o percurso cronológico posto nas fotografias) em sua significação para a comunidade local, eventos da sociedade civil que existiam no passado e que acabaram por perder-se na história da cidade, além das mudanças observadas nos espaços públicos e privados que atenderam a sociedade caxiense ao longo dessas décadas. Ponderando sobre esses mudanças, tornou-se possível aferir a riqueza da história de Caxias, fato ignorado por muitos que não viveram o ciclo de opulência da cidade.
Curso
Letras
Você é o Orientador desta pesquisa?
Não
Last edited 2 anos atrás by Max Mateus Moura Da Silva
Marinalva Aguiar Teixeira Rocha
2 anos atrás
Parabéns, Max! Pesquisa bem fundamentada, com imagens reveladoras da história e da memória de Caxias, o que demonstra o potencial expressivo das fotografias reveladas pelo olhar do fotógrafo Sinésio Santos e analisadas pelo olhar acurado do pesquisador.
Agradeço, professora, pelo comentário e, principalmente, por ter me orientado ao longo de todo esse ciclo que foi/é muito significativo no meu percurso acadêmico. Uma honra ter participado!
Curso
Letras
Viviane de Oliveira Barbosa
2 anos atrás
Boa tarde Marx, seu trabalho é fantástico, parabéns!
Gostaria de te provocar a pensar como esse material pode ser usado para uma educação patrimonial ou para o ensino de História. Se ainda não pensou sobre isso, considero uma trilha interessante.
Boa noite, Viviane! Agradeço enormemente a bondade do comentário. Uma provocação instigante e necessária. Seguramente, um delineamento interessantíssimo! Obrigado.
Boa tarde! Parabéns Max pela pesquisa. Muito importante o estudo entre, história, memória e fotografia. Assim, eu questiono, em relação ao número expressivo de fotografias, quantos foram catalogadas? Quantas temáticas foram trabalhadas dentro da relação história, memória e fotografia?
Boa noite, Jakson. Primeiramente, muito obrigado pelos dizeres. É preciso ressaltar que o projeto de pesquisa que desenvolvemos junto ao PIBIC não teve como propósito catalogar as imagens do acervo fotográfico de Sinésio Santos. Durante os dois anos do estudo, buscamos discutir a interação entre fotografia, história e memória a partir do referencial teórico e imagético selecionado. O levantamento de fotografias que realizamos foi para atender essa demanda. Por conta disso, ao delimitar os caminhos da pesquisa, utilizamos, tão somente, por volta de trinta registros. A atividade ora apresentada integra um projeto maior, que se debruça sobre a obra de Sinésio Santos e sua relevância para documentação e preservação da história caxiense. O curso de História do CESC/UEMA, em parceria com diversos outros cursos do campus, digitalizou um enorme acervo, que dentro em breve espera-se que seja tornado público. Estima-se que a produção do fotógrafo detenha, aproximadamente, dez mil negativos, os quais abarcam os mais distintos acontecimentos. Assim, recorremos a estas fotografias digitalizadas anteriormente. Nossas principais fontes foram a obra “Sinésio Santos: a cidade e os olhos” e a tese de doutorado da professora Marinalva Aguiar Teixeira Rocha (professora do departamento de Letras e minha orientadora), além de registros que encontramos em jornais e álbuns de famílias. No primeiro momento da pesquisa (2019-2020), realizamos entrevistas com antigos moradores da cidade, intentando observar o discurso memorialístico presente em suas falas. Para tanto, apresentamos as fotografias a esses entrevistados e os questionamos acerca de distintos aspectos que se manifestaram nas fotografias selecionadas. Por conta das restrições impostas pela pandemia da COVID-19, além do fato de nosso estudo evolver pessoas acima de 60 anos (classificadas como pertencentes ao grupo de risco da enfermidade), paralisamos as entrevistas antes do previsto. Por conta de tal conjuntura, redirecionamos a abordagem para trabalhar, mais precisamente, o processo de urbanização da cidade, o que foi documentado entre 1950-1990 por Sinésio, no seu período de atividade. Os tópicos que trabalhamos, em essência, foram os eventos religiosos (delineando o percurso cronológico posto nas fotografias) em sua significação para a comunidade local, eventos da sociedade civil que existiam no passado e que acabaram por perder-se na história da cidade, além das mudanças observadas nos espaços públicos e privados que atenderam a sociedade caxiense ao longo dessas décadas. Ponderando sobre esses mudanças, tornou-se possível aferir a riqueza da história de Caxias, fato ignorado por muitos que não viveram o ciclo de opulência da cidade.
Parabéns, Max! Pesquisa bem fundamentada, com imagens reveladoras da história e da memória de Caxias, o que demonstra o potencial expressivo das fotografias reveladas pelo olhar do fotógrafo Sinésio Santos e analisadas pelo olhar acurado do pesquisador.
Agradeço, professora, pelo comentário e, principalmente, por ter me orientado ao longo de todo esse ciclo que foi/é muito significativo no meu percurso acadêmico. Uma honra ter participado!
Boa tarde Marx, seu trabalho é fantástico, parabéns!
Gostaria de te provocar a pensar como esse material pode ser usado para uma educação patrimonial ou para o ensino de História. Se ainda não pensou sobre isso, considero uma trilha interessante.
Boa noite, Viviane! Agradeço enormemente a bondade do comentário. Uma provocação instigante e necessária. Seguramente, um delineamento interessantíssimo! Obrigado.