Olá Emmanuel, tudo bem? Espero que sim. De início, quando falamos em pertencimento, pelo próprio conceito antropológico do termo, infere-se que se refere a uma concepção subjetiva pela qual o indivíduo se reconhece como membro de uma coletividade, sendo uma peça essencial para seu desenvolvimento (AMARAL, 2006). A partir disso, essa sensação o permite participar, interferir e modificar a dinâmica social. Neste prisma, sob uma perspectiva de gênero, logo identificamos “o não lugar” das mulheres nos espaços de produção digital, tanto na produção e desenvolvimento da tecnologia (programação, desenvolvimento de softwares, entre outros) quanto nas esferas de poder do ciberespaço (produção de conteúdo digital, gerenciamento de grandes empresas na área da tecnologia) (CABRAL, 2019). Considerando essa premissa, analisando o fator raça, percebe-se as consequências deletérias da exclusão histórica do povo negro que se refletem nos baixos índices de alfabetização, de renda familiar e de acesso à políticas públicas (IBGE, 2010). Atravessando os fatores supramencionados, verifica-se que as mulheres negras são vítimas de uma dupla “discriminação”, uma vez que a apropriação tecnológica entre este contingente é ínfima e entre aquelas que conseguem se apoderar há a falta de qualidade neste acesso (CABRAL, 2019). A título de exemplo, cita-se os drásticos índices de violência de gênero digital retratados em forma de comentários preconceituosos, assédio, stalking, entre outros. Diante de tais fatos, refletimos: Qual noção de pertencimento está sendo criada para essas mulheres? De um lado, não há como se enxergar dentro da codificação, isto é, nos campos de produção tecnológica, ao passo que, de outro, não há um acesso qualitativo às tecnologias de informação. Desse modo, precisamos repensar tais espaços de modo a efetivar o conceito antropológico através da tecnologia. Espero ter contribuído. Agradeço a pergunta e reafirmo que estou à disposição para eventuais dúvidas. Abraços!
Diante da identificação de um “sentimento de pertencimento”, explique a relação entre gênero e raça diante do uso de tecnologias de informação.
Olá Emmanuel, tudo bem? Espero que sim. De início, quando falamos em pertencimento, pelo próprio conceito antropológico do termo, infere-se que se refere a uma concepção subjetiva pela qual o indivíduo se reconhece como membro de uma coletividade, sendo uma peça essencial para seu desenvolvimento (AMARAL, 2006). A partir disso, essa sensação o permite participar, interferir e modificar a dinâmica social. Neste prisma, sob uma perspectiva de gênero, logo identificamos “o não lugar” das mulheres nos espaços de produção digital, tanto na produção e desenvolvimento da tecnologia (programação, desenvolvimento de softwares, entre outros) quanto nas esferas de poder do ciberespaço (produção de conteúdo digital, gerenciamento de grandes empresas na área da tecnologia) (CABRAL, 2019). Considerando essa premissa, analisando o fator raça, percebe-se as consequências deletérias da exclusão histórica do povo negro que se refletem nos baixos índices de alfabetização, de renda familiar e de acesso à políticas públicas (IBGE, 2010). Atravessando os fatores supramencionados, verifica-se que as mulheres negras são vítimas de uma dupla “discriminação”, uma vez que a apropriação tecnológica entre este contingente é ínfima e entre aquelas que conseguem se apoderar há a falta de qualidade neste acesso (CABRAL, 2019). A título de exemplo, cita-se os drásticos índices de violência de gênero digital retratados em forma de comentários preconceituosos, assédio, stalking, entre outros. Diante de tais fatos, refletimos: Qual noção de pertencimento está sendo criada para essas mulheres? De um lado, não há como se enxergar dentro da codificação, isto é, nos campos de produção tecnológica, ao passo que, de outro, não há um acesso qualitativo às tecnologias de informação. Desse modo, precisamos repensar tais espaços de modo a efetivar o conceito antropológico através da tecnologia. Espero ter contribuído. Agradeço a pergunta e reafirmo que estou à disposição para eventuais dúvidas. Abraços!
Parabéns pelo trabalho realizado.
Obrigada Bráulio, fico feliz com o seu feedback!