Muito obrigada pela sua contribuição, de fato palavras podem ser vinculadores da violência e devem ser usadas de forma a se adequar as diferentes realidades existentes.
Curso
Arquitetura e Urbanismo
José Bello Salgado Neto
2 anos atrás
A pesquisa da orientanda Tayna Gabriela, não apenas aponta o problema urbano no Centro Histórico e sua relação ficcional com cinema Noir, mas se aprofunda nas questões sociais, que aponta a vulnerabilidade da mulher quando transitando pelo espaço público, objeto do estudo. Nesse particular aponta as causa geradoras do problema, como o esvaziamento do espaço, outrora ocupado por ricos comerciantes, que buscaram novos lugares decorrente do processo de desenvolvimento urbano e valorização de novas áreas, deixando o vazio da outrora e valorizada Praia Grande, para moradores de baixa renda que a transformaram em habitações de cortiço e aqui me permito acrescentar a antiga vocação da área para a exploração sexual de ruas inteiras afetas ao meretrício. O abandono de casarões e a degradação destes, colocam em cheque o título dado pela UNESCO de Patrimônio da Humanidade. Algumas intervenções urbanas não foram suficientes para minimizar o problema e as ações de marketing dos poderes públicos, bem como a transferência de algumas instituições também não lograram êxito. De modo geral são apontadas também outras causas, como a fraca iluminação. Por fim, a orientanda conclui que uma concepção comum a vários autores como Jane Jacobs e Jan Gehl enfatizam que a vida na cidade e os estímulos, as concepções projetuais proporcionados pela arquitetura são essenciais para a segurança dos indivíduos neste espaço e contribuem de forma direta para a redução de casos de roubos, latrocínios, estupros ou outras formas de violência. Nesse particular enfatiza o direito à cidade da mulher, e o desrespeito por elas sofrido nesse aspecto ao longo dos anos. Cabe ainda uma pergunta à orientanda: De que forma, pode esse trabalho ter visibilidade para alertar, denunciar, cobrar providências e, principalmente se fazer visível para mais pessoas?
Muito obrigada pelas suas contribuições e comentário extremamente pertinente, professor Salgado!.
É inegável as preocupações que foram desencadeadas durante o processo de pesquisa em relação ao estado de conservação da área conhecida como Centro Histórico, sobretudo como tal estado reflete e influencia na segurança daqueles que por lá perpassam todos os dias, principalmente minorias que estão mais suscetíveis as diversas formas de violência! Desse modo, a pesquisa é necessária e importantíssima como um meio que aponta as problemáticas, mas também possíveis soluções dentro desse âmbito. Faz-se necessário que ela seja vinculada a mais canais de comunicação, sobretudo aqueles que estão mais acessíveis a população, redes sociais ou canais televisivos, uma vez que desse modo indivíduos e agentes sociais poderão se identificar com tais problemas e vivencias e consequentemente cobrar mais atuação daqueles que tem por obrigação preservar essa área tão importante para a memória e identidade da cidade .
Trocaria “opção sexual” por algo como “sexualidade diferente do tradicional”, palavras também podem contribuir para com a violência.
Muito obrigada pela sua contribuição, de fato palavras podem ser vinculadores da violência e devem ser usadas de forma a se adequar as diferentes realidades existentes.
A pesquisa da orientanda Tayna Gabriela, não apenas aponta o problema urbano no Centro Histórico e sua relação ficcional com cinema Noir, mas se aprofunda nas questões sociais, que aponta a vulnerabilidade da mulher quando transitando pelo espaço público, objeto do estudo. Nesse particular aponta as causa geradoras do problema, como o esvaziamento do espaço, outrora ocupado por ricos comerciantes, que buscaram novos lugares decorrente do processo de desenvolvimento urbano e valorização de novas áreas, deixando o vazio da outrora e valorizada Praia Grande, para moradores de baixa renda que a transformaram em habitações de cortiço e aqui me permito acrescentar a antiga vocação da área para a exploração sexual de ruas inteiras afetas ao meretrício. O abandono de casarões e a degradação destes, colocam em cheque o título dado pela UNESCO de Patrimônio da Humanidade. Algumas intervenções urbanas não foram suficientes para minimizar o problema e as ações de marketing dos poderes públicos, bem como a transferência de algumas instituições também não lograram êxito. De modo geral são apontadas também outras causas, como a fraca iluminação. Por fim, a orientanda conclui que uma concepção comum a vários autores como Jane Jacobs e Jan Gehl enfatizam que a vida na cidade e os estímulos, as concepções projetuais proporcionados pela arquitetura são essenciais para a segurança dos indivíduos neste espaço e contribuem de forma direta para a redução de casos de roubos, latrocínios, estupros ou outras formas de violência. Nesse particular enfatiza o direito à cidade da mulher, e o desrespeito por elas sofrido nesse aspecto ao longo dos anos. Cabe ainda uma pergunta à orientanda: De que forma, pode esse trabalho ter visibilidade para alertar, denunciar, cobrar providências e, principalmente se fazer visível para mais pessoas?
Parabéns Tayna Gabriela e Professora Rose!
Obrigada pelo profundo e excelente comentário, prof. Salgado!
Muito obrigada pelas suas contribuições e comentário extremamente pertinente, professor Salgado!.
É inegável as preocupações que foram desencadeadas durante o processo de pesquisa em relação ao estado de conservação da área conhecida como Centro Histórico, sobretudo como tal estado reflete e influencia na segurança daqueles que por lá perpassam todos os dias, principalmente minorias que estão mais suscetíveis as diversas formas de violência! Desse modo, a pesquisa é necessária e importantíssima como um meio que aponta as problemáticas, mas também possíveis soluções dentro desse âmbito. Faz-se necessário que ela seja vinculada a mais canais de comunicação, sobretudo aqueles que estão mais acessíveis a população, redes sociais ou canais televisivos, uma vez que desse modo indivíduos e agentes sociais poderão se identificar com tais problemas e vivencias e consequentemente cobrar mais atuação daqueles que tem por obrigação preservar essa área tão importante para a memória e identidade da cidade .