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Regina Sampaio Reis
Regina Sampaio Reis
2 anos atrás

Oi, boa tarde. Gostaria que falasse mais sobre o que são, no pensamento de Eliade, essas “realidades sagradas” ou hierofania. Entendi que são a mesma coisa. É isso mesmo ou li de forma equivocada?

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Zephora Rodrigues
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Responder para  Regina Sampaio Reis
2 anos atrás

Obrigada pela pergunta. O termo hierofania é proposto por Mircea Eliade para indicar o ato da manifestação do sagrado ou “algo de sagrado se nos revela” (2018, p.17). A realidade sagrada seria a realidade completamente distinta das realidades naturais; sagrada porque pertence ao homem religioso, para o qual esta realidade não é sua criação, mas ele próprio a criação desta realidade. A hierofania seria a manifestação disto.

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Leonardo Ruivo
Leonardo Ruivo
2 anos atrás

Olá Zephora, parabéns pela pesquisa. Tenho duas perguntas sobre seu trabalho. A primeira é um pedido de explicação: como a distinção entre língua e palavra explicita o lugar do mito na linguagem? A segunda é se a leitura de Weil está mais próxima de uma leitura estruturalista ou metafórica do mito?

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Zephora Rodrigues
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Responder para  Leonardo Ruivo
2 anos atrás

Obrigada pela pergunta, professor. Sobre a primeira questão: O autor utilizado nesta parte da pesquisa foi Claude Levi-Strauss que, por sua vez, tomou alguns conceitos de Ferdinand de Saussurre, pai da linguística, para conseguir descrever as propriedades linguísticas do mito como uma unidade constitutiva linguística. Para Saussurre, a lingua pertence ao tempo reversível e a palavra ao tempo irreversível; o mito, por sua vez, combina as duas propriedades e existe, ao mesmo tempo, no âmbito da palavra e da lingua e, não obstante, num terceiro nível que só pertence a ele próprio, existindo assim a criação, por Levi-Strauss, de um novo termo para representar esta propriedade tão única do mito como unidade linguística: mitema. “O mito é linguagem, mas uma linguagem que tem lugar em um nível muito elevado, e onde o sentido chega, se é lícito dizer, a decolar do fundamento linguístico sobre o qual começou rolando” (LEVI-STRAUSS, 1985, p. 242)

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Zephora Rodrigues
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Responder para  Leonardo Ruivo
2 anos atrás

Perdão, acabei pulando a segunda pergunta. Sobre Eric Weil, acredito que esteja muito mais próximo de uma leitura metafórica do mito. A leitura estruturalista não deixa de ser muito técnica, levando em consideração apenas aspectos linguísticos quantitativos dissociados da busca pelo sentido, busca que é proposta por Eric Weil em sua categoria-atitude da certeza.

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Leonardo Ruivo
Leonardo Ruivo
Responder para  Zephora Rodrigues
2 anos atrás

Agradeço as respostas. Abraços e mais uma vez parabéns pelo trabalho

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ALBERTO HENRIQUE COSTA DE CASTRO
ALBERTO HENRIQUE COSTA DE CASTRO
2 anos atrás

Ótimo texto, parabéns.
Acerca dos modelos de Claude Lévi Straus, que trata do mito a partir do campo linguístico, é possível afirmar que o mito enquanto signo é indissociável do sistema linguístico ao qual pertence independente da cultura do seu povo?

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Zephora Rodrigues
Zephora Rodrigues
Responder para  ALBERTO HENRIQUE COSTA DE CASTRO
2 anos atrás

Obrigada pela pergunta. Talvez indissociável ou dissociável não sejam as palavras corretas para descrever a relação do mito com a linguagem à qual “pertence” ou se originou, pois, para Levi-Strauss, o mito acaba por ser uma unidade constitutiva linguística tão complexa que independe do fundamento linguístico em que começa, mantendo o seu sentido e entregando a mensagem ao interlocutor seja qual for a tradução utilizada, os meios ou o tempo que se passou. Levi-Strauss denomina esta unidade constitutiva como “mitema”.

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Antonio Michael Alves de Sousa
Antonio Michael Alves de Sousa
2 anos atrás

Boa tarde, ótimo trabalho. Parabéns pela pesquisa.

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Zephora Rodrigues
Zephora Rodrigues
Responder para  Antonio Michael Alves de Sousa
2 anos atrás

Muito obrigada!

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